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Em uma trama que mais parece roteiro de cinema, o caso Porta dos Fundos se desenrola sob os olhares atentos da justiça brasileira. A saga de Eduardo Fauzi, acusado de atirar coquetéis molotov na produtora na véspera de Natal de 2019, ganha um novo capítulo com a audiência marcada para o dia 20 de junho pela juíza Daniella Alvarez Prado, da 35ª Vara Criminal do TJ do Rio.
A fuga audaciosa de Fauzi para a Rússia, um dia antes de sua prisão ser decretada, e sua posterior captura pela Interpol em Moscou, em setembro de 2020, adicionam elementos de suspense e internacionalidade ao caso. Sua extradição para o Brasil, em março de 2022, marca o retorno de um homem cujas ações desafiaram os princípios da liberdade de expressão.
A decisão da magistrada, em agosto do ano passado, de incluir o resultado da perícia das imagens no processo e exigir a presença física de duas testemunhas que participaram virtualmente da audiência, reforça a máxima jurídica de que "a verdade deve ser buscada a todo custo" (Veritas omnia vincit).
A revogação da prisão preventiva de Fauzi, em setembro de 2022, sob a alegação de excesso de prazo e a ausência de algumas testemunhas de acusação, levanta questões sobre a eficácia do sistema judiciário e o princípio de que "a justiça não pode ser apressada, mas também não deve ser retardada" (Justitia non est neganda, non differenda).
Este caso não apenas testa os limites da justiça, mas também serve como um lembrete sombrio de que "não há crime sem lei" (Nullum crimen sine lege), e que a liberdade de expressão, um pilar da democracia, deve ser protegida contra ataques violentos e a liberdade religiosa ainda encontra limites.
A audiência de junho promete ser mais um capítulo decisivo nesta longa saga de busca pela verdade e pela justiça.
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