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m meio à votação do Orçamento nesta semana, o presidente Bolsonaro (PL) divulgou, por meio das redes sociais, um vídeo em que ele dança funk passeando em uma lancha, no litoral de São Paulo. Além das redes sociais, o vídeo também foi repassado pelo próprio presidente a suas linhas de transmissão no WhatsApp, segundo o blog apurou, e virou tema de críticas entre lideranças evangélicas que integram a sua base aliada no Congresso.
O presidente da frente parlamentar evangélica em 2022, o deputado federal Sóstenes Cavalcante, classificou, ao blog, a cena como "desnecessária" e admitiu que haverá um desgaste entre religiosos de denominações evangélicas que vivem em regiões mais vulneráveis e, principalmente, longe dos grandes centros.
"É uma cena desnecessária, há, sim, um grande desgaste em regiões mais afastadas dos grandes centros, no interior e também nas áreas mais vulneráveis, até porque passa uma imagem de ostentação", disse.
Além disso, a letra do funk que acompanha o vídeo divulgado pelo senador Flavio Bolsonaro é um ataque a mulheres – o trecho de música que aparece na filmagem de Bolsanoro em lancha diz que "as [mulheres] de esquerda têm mais pelo que cadela". "Machismo", disse Sóstenes.
Entre mulheres, segundo as últimas pesquisas, Bolsonaro enfrenta grande rejeição.
Um outro líder evangélico que conversou com o blog – e faz parte da base de apoio do presidente – disse que a imagem passa aos trabalhadores a sensação de "farra" do presidente em pleno expediente, já que o vídeo foi divulgado na última segunda-feira (20). Nas palavras de um pastor, em tempos de pandemia e desemprego, a imagem "reforça a imagem de presidente fake" em relação à defesa dos menos favorecidos e de prioridade para programas sociais.
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