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DA REDAÇÃO - Em 6 de abril de 2011 o então deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), segurava um cartaz que o associava a Hitler e afirmava em tom de deboche e satisfação: “Ficaria bravo se tivesse brinquinho, batom na boca e eles usassem isso em uma passeata gay”.
Uma década depois, a deputada extremista Bia Kicis encontrou-se com Beatrix von Storch, deputada do partido Alternativa para a Alemanha (AfD), investigado por propagar ideias extremistas e neonazistas. Em foto publicada ao lado da parlamentar alemã, a deputada do PSL celebrou a união e a semelhança de pautas defendidas, informa o jornalista Guiilherme Amado, do Metrópoles.
“Conservadores do mundo se unindo para defender os valores cristãos e a família”, escreveu Kicis, que também é presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ).
Beatrix von Storch é neta de Lutz Graf Schwerin von Krosigk, ministro nazista das Finanças e um dos poucos membros do gabinete do Terceiro Reich a servir continuamente desde a nomeação de Hitler como chanceler.
Mantendo a linha de corte de abril de 2011 para cá, uma sucessão de manifestações alusivas ao nazismo alemão e ao fascismo italiano aconteceram de forma esparsa, mas desde a chegada de Bolsonaro ao poder esses eventos se intensificaram, inclusive dentro do governo como mostra a colagem que ilustra a matéria.
Alguns jornalistas dizem, talvez com medo, que é um governo com “inclinações nazistas”. O jornal Folha de S.Paulo decidiu, em reunião na época da eleição, que não chamaria Bolsonaro de candidato de extrema-direita. Vindo de um jornal que chamou a ditadura militar de “ditabranda”, nada mais coerente.
Em março deste ano, a agência de inteligência da Alemanha colocou o partido de Beatrix von Storch sob vigilância. As comunicações e movimentos do AfD estão sendo controlados pela agência de inteligência alemã, conhecida como Ação Federal para a Proteção da Constituição, desenvolvida após a guerra para proteger o país da ascensão de políticas semelhantes ao nazismo.
Definitivamente, qualquer semelhança não é mera coincidência. É projeto.
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