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Após meses de impasse entre Executivo, Legislativo e Judiciário, o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a retomada do pagamento de emendas parlamentares. Contudo, a liberação está condicionada ao cumprimento de novas regras rigorosas para assegurar maior transparência e controle sobre os recursos públicos, destinados a projetos e obras por meio do orçamento federal.
Uma crise de opacidade e descontrole
Desde 2019, houve um crescimento explosivo no volume de emendas parlamentares, muitas vezes executadas sem informações claras sobre origem e destinação. Segundo Flávio Dino, bilhões de reais do orçamento nacional foram alocados de forma inconstitucional, com informações indisponíveis em plataformas de transparência como o Portal da Transparência.
“Temos uma gravíssima situação em que bilhões do Orçamento da Nação tiveram origem e destino incertos e não sabidos”, afirmou Dino em sua decisão. Ele apontou que essa prática criou um desarranjo institucional sem precedentes.
As novas regras para cada modalidade de emenda
O ministro detalhou os critérios que agora devem ser seguidos para a liberação dos recursos:
Limite para crescimento dos gastos
Além das regras de transparência, Dino impôs um limite para o crescimento das despesas com emendas. A partir de 2025, será adotado o menor valor entre três parâmetros: arcabouço fiscal, variação da Receita Corrente Líquida (RCL) ou o limite de despesas discricionárias do Executivo. A decisão é uma resposta ao aumento exponencial desses gastos, que atingiram cifras alarmantes nos últimos anos.
O futuro do orçamento público
A decisão de Dino busca mitigar os impactos de anos de descontrole sobre o orçamento, ao mesmo tempo em que tenta restabelecer a confiança na gestão dos recursos públicos. Com essas novas medidas, espera-se que o dinheiro do contribuinte seja aplicado com maior clareza e responsabilidade, colocando fim a práticas que há anos vinham alimentando críticas sobre a falta de transparência nas emendas parlamentares.
Embora as mudanças representem um avanço, o cumprimento efetivo das novas regras será decisivo para garantir que o orçamento público seja, de fato, destinado a beneficiar a sociedade.
Fonte: Brasil247
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