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Neste domingo (24), o governo Bolsonaro cancelou reunião com Nereu Crispim (PSL-RS), deputado e líder dos caminhoneiros. O anúncio do fim do evento foi feito pela Secretaria Especial de Articulação Social. Segundo a pasta, o encontro foi desmarcado porque foi veiculado na imprensa que ministros estariam presentes e isso não é verdade.
O encontro reuniria membros do governo federal e o deputado, que preside a Frente Parlamentar Mista dos Caminhoneiros Autônomos e Celetistas. Entre os assuntos debatidos estavam demandas dos caminhoneiros, segundo a coluna Painel na Folha. São elas: a política de reajuste de preço de combustíveis da Petrobras e a possível paralisação da categoria.
“Em razão das notícias veiculadas na imprensa de que a reunião seria realizada com a participação de Ministros de Estado, o que não se coaduna com o convite enviado, esta Secretaria Especial de Articulação Social informa o cancelamento da reunião do dia 28”, diz mensagem da secretaria a Crispim.
Membros do Palácio do Planalto dizem que o deputado quer se promover às custas do governo. Lideranças do setor, entretanto, como Wallace Landim (o Chorão), apontam o deputado como negociador da categoria.
O deputado bolsonarista Nereu Crispim é mais um a romper com o governo. Para ele, o presidente e o ministro da Economia, Paulo Guedes, hoje “só trabalham para banqueiro e investidor da Bolsa de Valores”. “Os R$ 400 que eles estão oferecendo é esmola para o caminhoneiro”, afirma, citando auxílio criado para a categoria.
O deputado também cita que caminhoneiros não querem mais conversar com Tarcísio de Freitas. O ministro da Infraestrutura vinha sendo o maior interlocutor da categoria. “Ele está empurrando tudo com a barriga há três anos. Chega”, critica Crispim.
“A única pessoa que não queremos que participe de uma reunião com caminhoneiros é ele. Não fez nenhuma entrega por caminhoneiros autônomos. Fazemos questão de que não participe. Ele se dizia autorizado pelo governo para tocar essas pautas e nunca resolveu nada, desde 2018. Sempre conversa fiada”, completa o deputado. (Do DCM)
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