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A política econômica do governo Jair Bolsonaro, capitaneada pelo ministro da Economia Paulo Guedes, fez com que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial da inflação no Brasil, subisse 1,16% em setembro e acumulasse alta de 10,25% em 12 meses, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O índice é o maior para o mês desde o Plano Real, em 1994. A inflação acumulada em 12 meses é a mais alta desde fevereiro de 2016, ano do golpe contra a presidente eleita Dilma Rousseff, quando o IPCA chegou a 10,36%.
De acordo com o IBGE, oito dos nove grupos pesquisados registraram alta em setembro. O destaque foi para o grupo Habitação (2,56%), puxado por um aumento de 6,47% na tarifa de energia elétrica em decorrência do aumento da tarifa provocado pela crise hídrica que tem afetado a geração de energia em todas as regiões do país.
O grupo dos transportes (1,82%) acelerou por conta dos combustíveis que subiram 2,43%, influenciados pela gasolina (2,32%) e o etanol (3,79%). Em 12 meses, a gasolina acumula alta de 39,60% e o etanol de 64,77%.
A inflação superior a dois dígitos no acumulado de 12 meses está muito acima do teto de 5,25% estabelecido pelo Banco Central.
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