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A relação entre Jair Bolsonaro (sem partido) e o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) já teve altos e baixos desde o início do governo. No momento, visando as eleições de 2022, Bolsonaro e Mourão parecem estar em um bom momento.
A lavagem de roupa suja aconteceu em uma reunião no dia 31 de agosto, no Palácio do Planalto, segundo interlocutores de ambos os lados. Ali, estabeleceram um acordo tácito que consiste em Bolsonaro sinalizar apoio à pretensão de Hamilton Mourão de se candidatar no ano que vem e, por outro lado, Mourão tentar se pronunciar menos sobre assuntos da República e reforçou sua lealdade a Jair Bolsonaro. As informações de Caio Junqueira, da CNN.
“Eu não opero. O presidente Bolsonaro sabe disso muito bem. Ele sabe da minha lealdade a ele, e eu apenas assisto ao que está acontecendo. E em todas as oportunidades que tenho, deixo claro que não considero o impeachment algo viável e necessário”, afirmou Mourão.
O tom de reaproximação já era consequência de um movimento que os dois lados vinham tentando fazer na medida que a crise política foi aumentando no Brasil.
A relação entre presidente e vice começou a se deteriorar já no início do mandato, devido a declarações de Mourão que não mostravam tanto alinhamento ao Palácio do Planalto.
Como forma de retaliação, o vice-presidente foi excluído do centro de decisões do poder e deixou de ser convidado para viagens e reuniões.
Esse cenário começou a mudar no final de agosto, em um encontro no Palácio do Planalto, que selou o início da reaproximação.
Bolsonaro entendeu que era interessante ter Mourão por perto devido à influência que o vice tem nas Forças Armadas. Mourão, por sua vez, incomodado com o isolamento em que o presidente o havia colocado, viu uma oportunidade de se reaproximar.
Na última sexta-feira (10), mais um gesto demonstrou a tentativa de reaproximação entre ambos. Mourão encaminhou uma mensagem ao presidente na qual o parabenizou pela declaração à nação divulgada por Bolsonaro na véspera. No texto da mensagem, Mourão disse que há momentos em que é preciso recuar para dar dois passos adiante.
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