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Da redação - Quando o próprio presidente da República de extrema-direita, Jair Bolsonaro (PL-RJ), afirmou que era preciso destruir muitas coisas antes começar a construir, até especialistas acharam que se tratava da “guerra cultural”, que é o mote das Forças Armadas e do Olavismo para disputar corações e mentes da sociedade “contra os comunistas”, que são todos que pensem diferente da cartilha materializada pelo bolsonarismo, mas estavam todos enganados.
O fato é que se trata de um projeto de alienação das nossas riquezas a partir da destruição da soberania nacional com a entrega das nossas estratégicas empresas estatais, o fim dos direitos trabalhistas e, consequentemente, do enfraquecimento do salário mínimo que gera desemprego em massa e o emprego precarizado.
É uma lógica difícil de compreender, mas desde o início do Plano Real, em 1994, o Brasil teve sete governos (dois de FHC, dois de Lula, um de Dilma, um de Dilma e Temer e um de Bolsonaro), mas apenas o último será marcado pela redução do valor real do salário mínimo. "Jair Bolsonaro vai terminar seu mandato em dezembro de 2022 como o primeiro presidente, desde o Plano Real, a deixar o salário mínimo valendo menos do que quando entrou. Nenhum governante neste período, seja no primeiro ou segundo mandato, entregou um mínimo que tivesse perdido poder de compra", informam as jornalistas Cássia Almeida e Taís Codeco, do Globo.
"Pelos cálculos da Tullett Prebon Brasil, a perda será de 1,7%. Isso, se a inflação não acelerar mais do que o previsto pelo mercado no Boletim Focus, do Banco Central, base das projeções da corretora. As previsões vêm sendo revisadas para cima há 16 semanas. O piso salarial cairá de R$ 1.213,84 para R$ 1.193,37 entre dezembro de 2018 e dezembro de 2022, descontada a inflação", acrescentam. Os maiores ganhos reais ocorreram nos governos Lula e Dilma.
"O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que a inflação foi mais severa para os que ganham menos. Em fevereiro, para as famílias de renda mais baixa (até R$ 1.808,70), a inflação acumulada em 12 meses era de 10,9%, para os de renda muito alta (maior que R$ 17.764,49), era de 9,7%. Com isso, a renda das classes D e E está mais comprometida com itens essenciais: casa, alimentação, comunicação e saúde. São 78,6% para essas despesas, sobrando pouco espaço para consumo, segundo dados da Tendência", apontam ainda as jornalistas.
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