Bolsonaro repudia o nazismo e o equipara ao comunismo

Bolsonaro repudia o nazismo e o equipara ao comunismo

Não é piada do perfil de humor Sensacionalista nem do Coronel Siqueira, mas em meio a polêmica envolvendo o podcast Flow, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (09/02) que a ideologia nazista deve ser repudiada "sem ressalvas", assim como qualquer ideologia totalitária, mencionando explicitamente o comunismo.

"A ideologia nazista deve ser repudiada de forma irrestrita e permanente, sem ressalvas que permitam seu florescimento, assim como toda e QUALQUER ideologia totalitária que coloque em risco os direitos fundamentais dos povos e dos indivíduos, como o direito à vida e à liberdade", escreveu nas redes sociais.

"É de nosso desejo, inclusive, que outras organizações que promovem ideologias que pregam o antissemitismo, a divisão de pessoas em raças ou classes, e que também dizimaram milhões de inocentes ao redor do mundo, como o comunismo, sejam alcançadas e combatidas por nossas leis”, prosseguiu.

O presidente também criticou a banalização de "uma ideologia repugnante como a nazista", pedindo "responsabilidade e seriedade" na abordagem do tema.

O presidente não citou o episódio do Flow, mas suas declarações foram postadas um dia depois de o procurador-geral da República, Augusto Aras, determinar a abertura de um inquérito para apurar se o deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP) e o ex-apresentador do podcast, Bruno Aiub, conhecido como Monark, cometeram crime de apologia do nazismo durante um episódio gravado nesta segunda.

Após entidades judaicas repudiarem as falas de Monark, Bolsonaro também manifestou apoio ao povo judeu. "Tenho muito orgulho de ser o presidente que mais aproximou o nosso país dos judeus, seja intensificando as relações bilaterais com Israel, seja apoiando iniciativas importantes, como a Aliança Internacional de Memória do Holocausto (IHRA), na qual ingressamos em meu governo", escreveu.

Por Jornal da República em 10/02/2022
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