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O presidente Jair Bolsonaro vai extinguir o Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec), inaugurado no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2010. A empresa que operava no Rio Grande do Sul e era responsável pela produção de chips de automação, mas vinha acumulando prejuízos de quase 1 bilhão.
No viés político, a estatal se tornou um booker da CUT no Rio Grande do Sul, e estava nos planos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) integrar o “Projeto de Poder” do petismo. Na época membros do partido próximo do presidente alertaram que o componente chegava no exterior através da China ao custo que jamais o Brasil poderia ofertar.
A empresa era vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia e possui cerca de 180 funcionários concursados e contratados pelo regime celetista, alem de terceirizados. No mês passado, 34 deles já foram demitidos como parte do processo de liquidação da empresa comandada por um militar da reserva, Abílio Eustáquio de Andrade Neto, que apura ilícitos no negócio
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Os altos salários do serviço público que afrontam a sociedade
MPTCU e trabalhadores resistiam
O Ministério Público do Tribunal de Contas da União (MPTCU) solicitou, em abril, a suspensão da liquidação da Ceitec. "Ouvimos que, se seguir o processo, haverá ainda mais quatro levas de demissões até outubro. É uma saída de cérebros. Vai ficar um prédio vazio. Mas nem a definição sobre o destino do imóvel foi divulgado pelo Abílio", lamentou Sílvio.
Os circuitos integrados estão nos celulares e computadores, em sistemas de comunicação e internet, equipamentos militares e médicos, veículos, cartões de banco e rastreamento de mercadorias, aponta Edvaldo, ressaltando a importância da indústria de semicondutores para o desenvolvimento, a competitividade e a soberania de qualquer país atualmente.
“O Brasil é um dos poucos países, entre as maiores economias, que não dominam completamente a tecnologia de produção de circuitos integrados. Somos hoje dependentes de semicondutores importados. Não participamos do lucro desse mercado multibilionário”, destaca. Para os trabalhadores da Ceitec, a extinção da empresa é a escolha pelo atraso tecnológico.
O sindicato tenta negociar com a empresa, mas segue sem sucesso. A decisão da Justiça determinou ainda que fossem realizadas outras rodadas de negociação, medidas pelo Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TR-4). A próxima é dia 11.
Da Redação/CUT/Brasil de Fato/Imagem: Internet
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