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Uma importante missão diplomática-educacional marcou a agenda de cooperação internacional do Brasil nesta semana. Nos dias 24 e 25 de abril, uma delegação chinesa liderada por Yu Changxue, diretor do Centro de Intercâmbio Humanístico China-Exterior do Ministério da Educação da China, esteve em visita oficial ao Brasil com o objetivo de fortalecer e aprofundar os laços de cooperação nas áreas de educação, cultura, ciência e tecnologia. A visita representou um marco significativo nas relações bilaterais entre os dois países, que são parceiros estratégicos e membros do BRICS, reforçando a importância dos intercâmbios humanísticos como ponte fundamental para a aproximação dos povos e desenvolvimento conjunto em áreas essenciais para o futuro.
Durante a estadia no país, a delegação chinesa manteve encontros de alto nível com representantes de importantes instituições acadêmicas brasileiras. Na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), Yu Changxue reuniu-se com a vice-reitora Maré Velasco e o professor assistente da vice-reitoria, Ricardo Arancar. No estado de São Paulo, a comitiva visitou a Universidade Estadual Paulista (UNESP), onde foi recebida pelo vice-reitor César Martins e pelo professor Luis Paulino, que além de dirigir o Instituto Confúcio no Brasil, é reconhecido como o primeiro vencedor do prestigiado Prêmio Orquídea da China, uma honraria que destaca contribuições significativas para as relações sino-brasileiras no campo acadêmico e cultural.
(Foto: Diretor Yu Changxue assina memorando de cooperação com a vice-reitora da PUC-Rio)
Os diálogos estabelecidos durante os encontros abordaram uma ampla gama de possibilidades de cooperação entre instituições brasileiras e chinesas. As discussões avançaram para além do tradicional intercâmbio de estudantes, contemplando também o intercâmbio de professores, programas de pesquisa conjunta, e projetos nas áreas acadêmica, esportiva e artística. O momento mais significativo dessas reuniões foi marcado pela assinatura de memorandos de entendimento entre o Centro de Intercâmbio Humanístico China-Exterior e as universidades brasileiras, formalizando o compromisso mútuo de desenvolver ações concretas que beneficiem estudantes e pesquisadores de ambos os países nos próximos anos.
A delegação chinesa expandiu sua agenda para incluir também conversações com representantes do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), instituição vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia do Brasil. Este encontro é particularmente relevante no contexto atual, onde a cooperação em tecnologias avançadas e computação de alto desempenho representa uma área estratégica para o desenvolvimento científico. Além disso, o grupo também estabeleceu contato com o Centro de Intercâmbio Cultural China-Brasil, buscando ampliar os horizontes de colaboração para além do ambiente estritamente acadêmico, abrangendo manifestações culturais que possam promover um entendimento mais profundo entre as sociedades brasileira e chinesa.
Esta iniciativa se insere em um contexto de crescente aproximação entre Brasil e China, países que, apesar das diferenças culturais e da distância geográfica, têm encontrado pontos de convergência em diversas áreas. Especialistas em relações internacionais ouvidos pela reportagem destacam que a cooperação educacional e científica representa um dos pilares mais sólidos das relações bilaterais, com potencial para gerar benefícios duradouros para ambas as nações. "Estes memorandos de entendimento vão muito além de documentos formais; eles abrem caminhos concretos para que jovens brasileiros e chineses possam compartilhar conhecimentos, experiências e visões de mundo, construindo pontes que ultrapassam as barreiras linguísticas e culturais", afirmou um dos analistas consultados.
(Foto: Diretor Yu Changxue assina memorando de cooperação com o vice-reitor da UNESP)
Durante a visita, a delegação também se reuniu com a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo e Cultura (Embratur), onde realizou conversas de trabalho com a diretora-executiva da sede do Rio de Janeiro, Marina Arrouda. As partes discutiram a criação de um mecanismo de consulta, intercâmbios humanísticos entre jovens e cooperação em programas de estudo de curta duração, alcançando amplo consenso.
Conteúdos fornecidos pelo Centro Intercultural Brashimat.
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