Brasil lidera redução da pobreza na América Latina, aponta relatório da Cepal

A implementação de políticas públicas focadas na erradicação da pobreza e na segurança alimentar colocou o Brasil como protagonista na redução da pobreza na América Latina em 2023. De acordo com o relatório Panorama Social da América Latina e do Caribe 2024 , divulgado pela Comissão Econômica para a Na América Latina e no Caribe (Cepal), mais de 80% da queda nos índices regionais de pobreza foram impulsionados pelas melhorias alcançadas no país.

O estudo revelou que, em 2023, 27,3% da população latino-americana vivia em situação de pobreza, uma queda de 1,5 ponto percentual em relação a 2022. Sem o impacto brasileiro, no entanto, a taxa regional teria sido significativamente maior, chegando a 28,4%.

O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, atribuiu o sucesso às iniciativas integradas do governo federal, como o Plano Brasil Sem Fome e o Plano de Erradicação da Pobreza. “Unimos o social e o econômico, com transferência de renda por meio do Bolsa Família, complemento alimentar via programas como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), cozinhas solidárias e alimentação escolar, além de qualificação para emprego e empreendedorismo”, explicou o ministro .

O impacto dessas políticas também foi reconhecido internacionalmente. Na última semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu, em Nova York, um prêmio concedido por Bill Gates, destacando os avanços na luta contra a fome e a pobreza no Brasil.

Emprego e inclusão social

Os números confirmam o vínculo entre geração de empregos e redução da pobreza no Brasil. Segundo Wellington Dias, mais de 70% das vagas formais criadas desde o ano passado foram ocupadas por beneficiários do Cadastro Único e do Bolsa Família. “Muitos vieram da pobreza por meio do trabalho. Este é o caminho que estamos trilhando para tirar o Brasil do Mapa da Fome e seguir a pobreza”, destacou o ministro.

Em 2023, a taxa de pobreza extrema na região caiu para 10,6%, uma redução de 0,5 ponto percentual em relação a 2022. No entanto, 66 milhões de pessoas ainda enfrentam pobreza extrema na América Latina, o que demonstra que o desafio persiste, embora os resultados do Brasil tragam esperança.

Reconhecimento global

Os resultados brasileiros têm ganho visibilidade internacional. Durante a cerimônia em Nova York, o presidente Lula reafirmou o compromisso do país com a segurança alimentar e a redução das desigualdades. “Combater a fome é uma questão de dignidade e justiça social. Continuaremos mostrando ao mundo que é possível transformar vidas com políticas públicas específicas e comprometidas com os mais vulneráveis”, declarou o presidente.

Embora os desafios da pobreza e da fome permaneçam presentes, o impacto positivo do Brasil na América Latina destaca a relevância das ações integradas e sustentáveis ??para promover a inclusão social e o desenvolvimento econômico.

 

Fonte: urbsmagna