Brasil pode liderar economia de baixo carbono da Amazônia para o mundo

Relatório desenvolvido pela Systemiq Brasil com organizações multilaterais, setor privado, cientistas e comunidades originárias, como parte da coalizão AYA Earth Partners, traz a teoria da mudança 'Maratona Amazônica" e indica 11 jornadas para impulsionar o desenvolvimento da região

Brasil pode liderar economia de baixo carbono da Amazônia para o mundo

Nos próximos 8 anos, o Brasil pode se tornar a primeira grande economia - de média ou alta renda - a alcançar a neutralidade de carbono  e ao mesmo tempo acelerar o seu crescimento econômico em $100 a $150 bilhões de dólares anuais ao PIB adicionais ao ritmo de crescimento atual (2,5%/ano). O potencial de mitigação de emissões de carbono equivalente (CO2e) é de 1,3 giga tonelada até 2030. Com isso, o país será um exemplo concreto ao mundo de prosperidade econômica sustentável para as próximas décadas, modelo que pode inspirar todo o Sul Global. É o que diz o relatório apresentado nesta quarta-feira na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas - a COP27, no Egito, ao lado de Carlos Nobre, Ilona Szabó e Vanda Witoto.

Chamado “The Amazon’s Marathon: Brazil to lead a low-carbon economy from the Amazon to the world” (https://we.tl/t-SaXaxaIYic) , o documento é um plano de desenvolvimento econômico que apresenta análises robustas sobre o potencial da região ao calcular a oportunidade financeira por trás das estratégias de mitigação de emissões de gases efeito estufa (GEE) e destaca projetos escaláveis que promovem uma nova abordagem baseada na natureza, centrada em pessoas e positiva para o meio ambiente.

O estudo reúne um rico e extenso corpo de pesquisas e análises desenvolvidas por instituições, organizações e especialistas que são referências globais sobre o papel da Amazônia na mitigação da crise climática, como o climatologista Carlos Nobre, a empreendedora cívica Ilona Szabó, presidente e cofundadora do Instituto Igarapé, e o professor especialista em desenvolvimento sustentável Virgílio Viana, fundador da Fundação Amazônia Sustentável (FAS). Diversos outros cientistas, líderes empresariais, públicos e do setor social, povos indígenas, comunidades locais da Amazônia também generosamente contribuíram com o relatório.

Segundo os cálculos, o Brasil pode mitigar 1,3 Gton de carbono até 2030, quantidade superior à sua própria pegada atual de carbono, e contribuir com cerca de 1,9 Gton em excedente de carbono para o resto do mundo até 2050.

O Brasil transformar o modelo econômico ineficiente no uso dos recursos naturais em um modelo baseado na natureza, positivo para o clima e centrado em pessoas.

A teoria da mudança do relatório (‘A Maratona Amazônica') propõe 11 jornadas para o Brasil liderar a Corrida pelo Carbono Zero, Race to Zero, (jornadas I a IV), apoiar a Corrida pela Resiliência, Race to Resilience, para as 28 milhões de pessoas vivendo na Amazônia (jornadas V a VIII) e garantir a infraestrutura e as condições necessárias para ambas (jornadas IX a XI):

 

Por Jornal da República em 13/12/2022
Publicidade

Comentários

  • Nenhum comentário. Seja o primeiro a comentar!

Notícias Relacionadas

Páginas suspeitas divulgam falso concurso da Petrobras
25 de Abril de 2025

Páginas suspeitas divulgam falso concurso da Petrobras

Relação com crédito bancário varia conforme classe social, diz estudo
26 de Agosto de 2023

Relação com crédito bancário varia conforme classe social, diz estudo

 André Corrêa (PP) apresenta os dados que mostra que a produção de gás natural no Estado do Rio poderá dobrar até 2028,
17 de Agosto de 2023

André Corrêa (PP) apresenta os dados que mostra que a produção de gás natural no Estado do Rio poderá dobrar até 2028,

Cai o número de endividados no país, aponta entidade do comércio
07 de Fevereiro de 2025

Cai o número de endividados no país, aponta entidade do comércio

Aguarde..