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Cacique de Ramos vira patrimônio imaterial do Estado do Rio
Desfile do Bloco Cacique de Ramos Carnaval 2024 – Fotos: Michelle Beff / Divulgação
Tradição do carnaval carioca, o Bloco Cacique de Ramos foi declarado pelo governador Cláudio Castro patrimônio histórico e cultural, de natureza imaterial, do Estado do Rio de Janeiro. O reconhecimento veio pela Lei 10.562/23, sancionada por Cláudio Castro e publicada nesta quinta-feira (07.11) no Diário Oficial.
-A lei reconhece, oficialmente, o que já sabíamos: o Cacique de Ramos é patrimônio da nossa cultura, do povo carioca e fluminense, enfim, do Estado do Rio. É uma homenagem mais do que justa e merecida. Só temos a agradecer pelo que o Cacique e seus músicos fazem há mais de sessenta anos, engrandecendo o Carnaval, o samba, e alegrando foliões nas suas rodas e nos seus desfiles por todo esse tempo. Não há como imaginar nosso carnaval sem os tradicionais desfiles do Cacique de Ramos pelas ruas do Rio – destacou o governador.
Além de reconhecer o papel que o grupo desempenha para a cultura do Rio de Janeiro, a lei incentiva apresentações do Bloco, bem como a realização de suas atividades próprias. O texto também reforça a proibição de qualquer manifestação de preconceito ou discriminação, seja de natureza social, racial, cultural, política ou administrativa, contra o Cacique de Ramos e seus integrantes.
Grupo revelou grandes nomes
Um dos principais símbolos da folia carioca, o Bloco carnavalesco Cacique de Ramos foi fundado em 20 de janeiro de 1961. Criado em Ramos, bairro da Zona Norte da capital, logo passou a ganhar as ruas do Centro do Rio e a concentrar foliões de diversas áreas da cidade.
No coração dos cariocas e de todos aqueles que vêm conhecer o Carnaval do Rio, o Cacique já chegou a promover três dias seguidos de desfiles épicos no Centro da capital, a exemplo deste ano, quando atraiu uma multidão para a região nessa “maratona”.
O Cacique é ainda referência quando se trata da cena musical. Dos seus encontros e rodas de samba destacaram-se grupos e nomes que ultrapassaram as “fronteiras” do Rio de Janeiro e ganharam o país, como o Fundo de Quintal, Xande de Pilares, Arlindo Cruz e Zeca Pagodinho.
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