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A ministra Marina Silva deverá ser ouvida na Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados para explicar o indeferimento da licença da Petrobras para a exploração de um bloco de petróleo na Foz do Rio Amazonas.
O autor do requerimento, deputado Júlio Lopes (PP-RJ), encaminhou nesta sexta-feira, dia 19, para a presidência da Comissão a convocação da ministra para que ela possa ser ouvida sobre o assunto. De acordo com o parlamentar, o pedido para a licença foi feito em 2014, mas somente agora foi julgado. “
- Não faz sentido essa posição da ministra. Precisamos saber em que a negativa para a licença foi baseada, já que hoje as novas tecnologias garantem que a possibilidade de um desastre ou qualquer outra ocorrência seja praticamente nula. É importante que possamos entender os reais motivos para a objeção da ministra, pois essa decisão fará com que o país deixe de explorar riquezas que podem ser revertidas em melhoria da educação, da saúde, em pesquisa e até se transformar em liderança energética do mundo - disse.
Júlio lembra ainda que o processo de licenciamento ambiental do referido bloco foi iniciado em 2014 a pedido da BP Energy do Brasil, empresa originalmente responsável pelo projeto, e em dezembro de 2020 os direitos de exploração de petróleo no bloco foram transferidos para a Petrobras, que afirma ter atendido rigorosamente todos os requisitos do processo de licenciamento. O parlamentar destaca que precisamos, enquanto país, observar o grande avanço das tecnologias adotadas na exploração. Segundo ele, o que não se pode admitir é a queima do carvão que aumenta exponencialmente em relação à década de 90. Acrescentou ainda ser necessário investimentos na geração de energia limpa, mas que no período de transição, o Brasil não pode deixar para trás os projetos que já estão em curso.
- Estamos trabalhando muito pela evolução energética, mas é preciso ter bom senso. Não faz sentido abandonar as pesquisas e estudos para geração de petróleo, já que o temos no nosso territorio. Há medidas que podem ser tomadas no sentido de controle ambiental e qualidades. Há parâmetro desenvolvidos pela International Organization for Standardization(ISO) para que se tenha normas a serem observada para haja uma gestão ambiental e de sustentabilidade. É nesta direção que podemos e devemos seguir - explicou.
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