Câmara do Rio discute ações para conter a violência em Jacarepaguá

Audiência pública reuniu representantes da Secretaria de Governo, do Ministério Público, das Polícias Civil e Militar e de diversas associações de moradores da região

Câmara do Rio discute ações para conter a violência em Jacarepaguá

O presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara do Rio, vereador Chagas Bola (União), realizou, nesta segunda-feira (21), uma audiência pública para discutir os desafios da área no bairro de Jacarepaguá com a participação de representantes da Secretaria de Governo, do Ministério Público, das Polícias Civil e Militar, da Guarda Municipal e de associações de moradores da região. Diante do crescimento desordenado, nas últimas décadas, Jacarepaguá convive, hoje, com a presença de traficantes e milicianos nas comunidades, além de assaltos frequentes, que obriga moradores e comerciantes a mudarem suas rotinas diariamente.

¨Esse é apenas o pontapé inicial. A primeira de muitas audiências que realizaremos, inclusive, em diversas regiões do bairro. Meu gabinete vai formalizar todas as demandas trazidas pelos moradores. Enviaremos novamente um ofício solicitando agilidade e providências para implementação do Segurança Presente e formalizar o pedido de aumento de efetivo da guarda. Serei um vereador incansável na defesa da segurança de Jacarepaguá¨, ressaltou o vereador Chagas Bola, que cobrou ações mais efetivas na Comunidade do Tirol, a continuidade do programa RJ para Todos, para acolhimento de pessoas em situação de vulnerabilidade social, e atuação mais efetiva da guarda municipal para prevenir a violência.

Presente na audiência, o Comandante do 18° Batalhão da PM, Coronel Claudio Eduardo Lopes, ouviu as considerações dos moradores e ponderou sobre os limites da polícia para conter a criminalidade no bairro: ¨A polícia está presente, mas precisamos entender a dinâmica da violência em cada região para poder atuar de maneira contundente, sem colocar a população em risco. Em muitos casos, por exemplo, a milícia atua de maneiras diferentes em cada região. Temos realizado policiamento permanente através de patrulhamento diário.

Em determinadas comunidades, no entanto, temos trabalhado a partir do nível de periculosidade, até mesmo para não violar a determinação do STF, que permite operações somente em situações excepcionais¨, lembrou.

O Subsecretário de Governo, Raphael Thompson, parabenizou a atuação do 18° Batalhão da PM e da polícia civil, que tem realizado prisões de milicianos, e falou da importância do trabalho conjunto de diversos atores: ¨Segurança Pública não se faz só com polícia. Precisamos da assistência social, dos operadores de trânsito, do ordenamento urbano. Precisamos ocupar as vias, dando visibilidade aos profissionais do Estado e do Município. Hoje, a

Operação Lei Seca, por exemplo, tornou-se uma ação importante. Realizamos de 10 a 12 blitzes por dia e, nesse período, a criminalidade cai a quase zero nas regiões¨, ressaltou.

Já o promotor de Justiça do MP-RJ, Eduardo Paes, lembrou que a parceria entre o público e o privado é essencial para diminuir a criminalidade: ¨A polícia não está em todo o lugar e trabalha com base na mancha criminal, por isso é muito importante essa troca, para conhecermos as reais demandas das comunidades e atuarmos no ordenamento urbano e cobrarmos fiscalizações mais rígidas dos órgãos públicos¨, alertou.

A audiência pública contou com a presença do presidente do Conselho de Segurança de Jacarepaguá, Rodrigo Bessa; e de representantes das Associações de Amigos do Cidade Jardim (ASCIJA Rio), dos Moradores do Rio 2 (AMORIO), de Moradores e Amigos do Pechincha (AMAPE) e de Moradores da Muzema. Participaram ainda Elita Norões, da 32°DP; Fernando Teixeira, presidente da Comissão de Segurança da OAB-RJ; Anderson Jesus, da secretaria municipal de Assistência Social; e Lucio Gomes, da Guarda Municipal.

Por Jornal da República em 21/11/2022
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