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A especialista em neurociência e mentora comportamental, Camila Sponton, explica em entrevista ao podcast Mentes em Foco que a ansiedade tem os lados negativo e positivo
Mais do que um mal na sociedade atual, a ansiedade é um assunto a ser amplamente debatido. Em tese, ela é uma resposta natural do corpo a situações de estresse ou perigo percebido. É uma sensação de preocupação, medo ou nervosismo intensos, que muitas vezes é acompanhada por sintomas físicos, como aumento da frequência cardíaca, respiração acelerada, tensão muscular e dificuldade de concentração.
E uma das questões essenciais sobre a ansiedade é: será que essa questão é tão ruim quanto parece? Esta resposta é, em teses, relativamente simples, mas que precisa de explicações.
Em sua entrevista para o podcast Mentes em Foco, a Mentora comportamental, especialista em neurociência e consultora de alta performance, Camila Sponton, mostrou que a ansiedade pode tanto negativa quanto positiva, depende de como ela age na vida das pessoas.
“A conotação negativa de ansiedade começou quando começamos a trazer muita luz sobre essas crises. Muita coisa mudou nos últimos anos, inclusive, a maneira como as pessoas trabalham, o tipo de trabalho, as demandas, o advento da internet, quantas coisas a gente faz ao mesmo tempo. Então, pensando bem, a ansiedade nem sempre vai ser algo ruim. Ela só não será boa quando atrapalhar o seu dia, quando impedir a pessoa de fazer coisas normais e básicas. Por outro lado, a gente nem deve querer se livrar da ansiedade, pois se eu não ficar ansioso, não vou me preparar, não vou criar um plano B, ou novas estratégias para algo dar certo”, afirma Camila.
Desta forma, a especialista ressalta que a ansiedade é boa quando faz o nosso corpo agir de forma fisiológica para estarmos preparados para alguma situação e que é ruim quando passa a ser patológica e desproporcional, quando começamos a antecipar as coisas, a ter pensamentos catastróficos e pessimismo sobre o que ainda nem aconteceu.
Como e quando saber se a ansiedade é negativa?
Segundo Camila, o momento de entender que algo está errado é quando começamos a pensar coisas e fazer deduções sobre coisas que ainda não aconteceram.
“Quando começamos a acreditar que algumas coisas, das quais não temos nenhuma evidência que possam efetivamente acontecer, sem nada concreto, com base nos pensamentos e até nos comportamentos, sem nenhuma certeza, temos que nos preocupar. Ou quando atividades corriqueiras, do dia a dia, pode ser o sono, dormir ou menos que o normal; ou na alimentação, comendo demais ou não, percebendo que há algo desproporcional, é importante ficar alerta”, orienta a especialista.
Desta maneira, ela reforça que o lado negativo da ansiedade se dá quando estas coisas começam a atrapalhar a vida das pessoas, de forma desequilibrada, focando em algo que não se tem o controle, prevendo possíveis resultados, em um pensamento persecutório e antecipatório.
“Para saber quando precisar buscar ajuda, é importante saber separar. Vamos colocar aqui a ansiedade boa e a ruim. Se a pessoa acredita que é algo que vai acontecer, é bom, e ela quer que aconteça, sem dúvida, haverá uma ansiedade e uma empolgação, afinal, estará entusiasmada com aquilo que vai acontecer. Mas, se a ansiedade for negativa ou patológica, o corpo começa a produzir adaptações, de diversas maneiras, como uma autopreservação. Como coloca em risco a sua vida ou o seu emprego, algo que vai impedir o seu avanço e o seu crescimento, o corpo cria forma de se defender e cria mecanismos para isso, comouma fuga. E aquilo passa a ter uma proporção muito grande e você terá certaz de coisas que ainda não aconteceram e tudo que vier sobre aquele tema será sempre com discursos de que algo ruim acontecerá”, finaliza Camila Sponto.
Para ver a entrevista completa da Camila Sponton no Mentes em Foco, clique no link: https://www.youtube.com/watch?v=DgT-2BYWR30
Camila Sponton
Com mais de 20 anos de experiência estudando o comportamento humano, Camila dedicou sua carreira a inspirar e orientar outras pessoas. Ela já tocou mais de 10 mil vidas com suas palestras e mentorias, aplicando sua paixão pelo comportamento humano. Atualmente, ela é uma voz respeitada no campo da Programação Neurolinguística (PNL), Neurociências e Psicologia Positiva.
Acompanhe o trabalho de Camila em seu Instagram @camilasponton.
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