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A candidata à Reitoria da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Maria Isabel de Castro de Souza, fez sua campanha baseada em denúncias contra a atual gestão em razão das reportagens que procuravam fazer um paralelo entre os projetos da UERJ e as listas secretas do Ceperj, com pagamentos na boca do caixa.
O problema é que ela, quando era assessora do controvertido ex-secretário de trabalho e renda, Patrique Welber, também participou da lista secreta do Ceperj e recebeu dinheiro na boca do caixa, no projeto Casa do Trabalhador, onde foi uma das coordenadoras. "Faz o que eu digo, mas não faças o que eu faço". Esta parece ser a verdadeira sabedoria da Dentista Maria Isabel.
Esse caso foi alvo de ação civil pública do Ministério Público n. 0207873-93.2022.8.19.0001, em curso na 15ª Vara de Fazenda Pública, onde consta a folha secreta do Ceperj, que, ao contrário da Uerj não publicava os nomes no portal da transparência e pagava na boca do caixa. Neste processo, a juíza determinou a suspensão de todos os pagamentos pelas irregularidades nos projetos.
Aliás, o Projeto Casa do Trabalhador levou o ex-secretário Patrique Welber a ser réu em uma ação, onde o Ministério Público Eleitoral aponta uso político do projeto e pede a cassação e inelegibilidade dele.
Todo o discurso que foi feito pela candidata contra os projetos da UERJ foi baseado no caso do Ceperj, em uma analogia não confirmada pelos órgãos de controle, mas o que realmente foi confirmado foi que Maria Isabel recebeu do Ceperj, entre 11/02/22 a 21/07/22, R$ 43.456,74, sendo que R$ 25.607,37 na boca do caixa.
Vale lembrar que Maria Isabel galgou cargos públicos por ser afilhada de políticos como o ex-governador cassado Wilson Witzel, que nomeou ela inclusive para comandar Cecierj no lugar de citado na Operação Favorito, e Patrique Welber.
Foto: Instagram da candidata
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