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A Noite dos Candidatos Mortos-Vivos: O Caso de R$ 117 Mil que Chocou Miguel Pereira
Em uma trama digna dos melhores filmes de terror B, a pacata cidade de Miguel Pereira, no interior do Rio de Janeiro, tornou-se o cenário de uma das histórias mais bizarras das eleições municipais de 2024. Protagonizando esse espetáculo macabro, temos Rosemberg Kiffer, o candidato do MDB que provou que entende mesmo de ressurreição... política e financeira.
Kiffer, que aparentemente confundiu a prefeitura com um necrotério, teve seu registro de candidatura negado pela Justiça Eleitoral. O motivo? Nosso aspirante a prefeito não conseguiu se desvencilhar de uma empresa funerária que mantinha contratos com o município. Parece que ele levou muito a sério o ditado "até que a morte nos separe" - só que no caso, a morte era o seu ganha-pão e a separação era da sua própria candidatura.
Mas não pensem que uma coisinha boba como ter a candidatura barrada em primeira e segunda instâncias iria impedir nosso herói de continuar sua cruzada eleitoral. Oh, não! Com a persistência de um zumbi saído de "The Walking Dead", Kiffer conseguiu a proeza de embolsar nada menos que R$ 117.050,00 do fundo eleitoral.
Isso mesmo, caros eleitores: enquanto muitos brasileiros lutam para chegar ao fim do mês, nosso amigo coveiro-candidato recebeu mais de 100 mil reais em dinheiro público para uma campanha que, legalmente, nem deveria existir. É como se o sistema eleitoral brasileiro tivesse decidido patrocinar sua própria versão de "A Noite dos Candidatos Mortos-Vivos".
A ironia dessa situação é tão palpável que quase dá para sentir o cheiro de formol. Enquanto escolas em Miguel Pereira possivelmente precisam de reformas, o posto de saúde carece de medicamentos e as ruas pedem por manutenção, temos mais de 100 mil reais sendo enterrados (pun intended) em uma campanha zumbi.
Esta situação levanta questões sérias sobre a eficácia e a moralidade do nosso sistema eleitoral. Como é possível que um candidato indeferido em múltiplas instâncias ainda tenha acesso a uma quantia tão significativa de dinheiro público? Será que nosso sistema eleitoral está tão morto quanto os clientes da empresa funerária do Sr. Kiffer?
O caso de Miguel Pereira é um microcosmo de um problema muito maior que assola o processo eleitoral brasileiro. A facilidade com que candidatos barrados conseguem acessar recursos públicos sugere falhas graves no sistema de controle e fiscalização dos fundos eleitorais.
Enquanto isso, o eleitorado de Miguel Pereira se vê diante de um dilema digno de um filme de terror pastelão: rir para não chorar ou chorar de tanto rir? Uma coisa é certa: nessa novela eleitoral, o maior prejudicado é o contribuinte, que vê seu dinheiro alimentando um sistema que parece premiar justamente aqueles que deveriam estar fora do jogo político.
À medida que as eleições se aproximam, resta aos eleitores de Miguel Pereira a esperança de que, em meio a tanto absurdo, ainda haja espaço para candidaturas sérias e comprometidas com o bem público. Afinal, em uma democracia saudável, os únicos mortos-vivos deveriam estar nas telas de cinema, não nas urnas eleitorais.
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