Cariocas viajaram 2400 km de bicicleta para falar com Bolsonaro contra o feminicídio e a pedofilia

2º Pedalada do Rio de Janeiro para Brasília, contra a feminicídio e contra a pedofilia.

Uma bicicleta e pouca bagagem: esses são os equipamentos necessários para um grupo de ciclistas que fez o percurso de mais de 2.400 quilômetros do Rio de Janeiro até Brasília e volta.

E a força que move estas pessoas apaixonadas por viajar em duas rodas é a luta por uma sociedade mais justa. O Grupo pedalou contra a pedofilia e o feminicídio.

A busca por igualdade é a marca destes oito amigos. Não é a primeira vez que o grupo faz o trajeto. Antes, em 2019, pedalou 1.200 quilômetros da Vila Militar, no Rio de Janeiro, até a capital federal. Na época, a luta era contra o assédio.

Éric Borges da Silva, de 43 anos, destaca o objetivo do grupo: “Nós estamos juntos para chamar a atenção da população para a importância de debatermos temas relevantes para toda a sociedade. Conosco vão jovens e até idosos, todos unidos pela causa”.

Sérgio Éric Borges da Silva, conhecido como SERGIO SAPÊ, líder do grupo e morador de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, foi ouvido pelo Presidente no famoso cercadinho em Brasilia e conseguiu audiência com a ministra Damares Alves para falar sobre pedofilia e o feminicídio . 

— Faço trabalho de combate à pedofilia há 15 anos. Falo do assunto em palestras que faço. Dia desses, um policial falou da impotência dele quando se depara com um pedófilo. Quando decidimos fazer essa pedalada, muitas pessoas começaram a se mobilizar para essa largada. Acredito que isso terá visibilidade nacional e internacional — afirma Sérgio.

Foram 12 dias de ida e 12 dias de volta. Mas Sérgio revela que essa não é a primeira vez que ele percorre uma grande distância. Em 2011, levou 23 dias andando de Nova Iguaçu até Brasília.

— Em 2002, fiquei 25 horas andando de costas e em círculo, no Centro do Rio, em homenagem à seleção brasileira — lembra.

Dos cinco amigos que vão, a maior parte é paraquedista, a exemplo de Sérgio.

A cada 50 quilômetros, o grupo vai plantar mudas pelo trajeto.

— São várias bandeiras nessa pedalada. Uma delas é a questão ambiental. Por isso, vamos plantar as mudas, com o apoio da Brigada Voluntária Brasileira, em Seropédica, que desenvolve e apoia atividades socioambientais — ressalta Sérgio.

A nobreza da causa contagiou outros apaixonados pelo esporte.

Por Jornal da República em 20/09/2021
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