Caso Marielle: delação de Ronnie Lessa envolverá clã Bolsonaro

Caso Marielle: delação de Ronnie Lessa envolverá clã Bolsonaro

Ronnie Lessa confessou o crime e dará detalhes sobre o planejamento da morte, mandante e financiadores

Foto: Reprodução

Ronnie Lessa, ex-PM do Rio de Janeiro e acusado de matar Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, confessou o crime e dará detalhes sobre os meses de planejamento da morte, mandante e financiadores do assassinato, em acordo de delação premiada fechado com a Polícia Federal.

A informação da delação, divulgada pelo noticiário neste domingo (21), é uma das últimas etapas para a conclusão das investigações sobre a morte da vereadora, em março de 2018, que ficaram no limbo durante os últimos anos do governo de Jair Bolsonaro.

Ronnie Lessa foi preso em março de 2019, já indiciado por duplo homicídio qualificano. No ano seguinte, ele foi condenado a 71 anos de prisão. Sem avanços durante o governo Bolsonaro, a investigação restringia que Lessa seria também o mandante do assassinato, o que ele nega.

Antes da delação do ex-sargento da PM do Rio, em 2020, o motorista de Lessa no crime, Élcio Queiroz, que também foi preso, prestou depoimento aos investigadores e afirmou que o então presidente Jair Bolsonaro e seu filho, Flávio Bolsonaro, teriam financiado o crime.

Em delação à PF e ao Ministério Público do Rio de Janeiro, no ano passado, Queiroz afirmou que Lessa teria recebido uma ordem para matar Marielle de um empresário de São Paulo, que seria ligado ao clã Bolsonaro.

Que o ex-PM teria planejado o crime durante meses e que ele havia sido contratado para ser o motorista no crime algumas semanas antes, e que a morte de Marielle teria sido motivado por seu discurso contra a violência policial e a política de segurança pública do governo.

Agora, Ronnie Lessa fechou acordo de delação com a Polícia Federal, confessou o crime e afirmou que dará detalhes sobre o mandante, confirmando ser um empresário, e os financiadores.

O acordo está em fase de homologação pela Justiça.

Os investigadores também apuram a relação de Ronnie Lessa com a família Bolsonaro e a possível participação do clã no crime.

Lessa era vizinho do então deputado federal Jair Bolsonaro no condomínio Vivendas da Barra, no Rio de Janeiro. Os dois também eram conhecidos por frequentar os mesmos círculos sociais, incluindo o da milícia Escritório do Crime.

Fonte Leia a íntegra no GGN.

Por Jornal da República em 22/01/2024
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