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Vingança
Num ato em que reuniu parlamentares aliados e apoiadores, o deputado federal cassado Deltan Dallagnol (Podemos-PR), declarou que "fui cassado por vingança". A corte do TSE, num julgamento que durou pouco mais de um minuto, cassou, por unanimidade, o registro de candidatura do deputado na noite de ontem, 16.
Reação
Abatido, Deltan ironizou a decisão da Justiça Eleitoral afirmando que o "sistema de corrupção está em festa" com a perda do seu mandato e que a corte usou da tese de uma "inelegibilidade imaginária" para embasar a decisão. Ex-procurador da Lava Jato, o deputado cassado pediu exoneração do cargo para disputar a eleição quando enfrentava investigação interna por seus atos na Lava Jato.
Triste
Ainda na noite de ontem, logo após a decisão do TSE, o amigo e senador Sergio Moro (União-PR), foi às suas redes sociais lamentar a cassação do mandato de Dallagnol. Ele se disse "estarrecido". Os bastidores da política e do Judiciário avaliam que o senador da Lava Jato pode ser o próximo a perder o mandato.
Interpretações
No meio jurídico, a decisão do TSE foi interpretada de várias formas e nuances. Para alguns juristas, a decisão do tribunal foi um "abuso". Para outros, como o ex-juiz eleitoral Márlon Reis, a decisão foi correta e fundamentada na Lei da Ficha Limpa. Mas todos são praticamente unânimes de que será muito difícil reverter a cassação no Supremo Tribunal Federal.
Power Point
Um dos principais alvos da Lava Jato, leia-se Deltan e Sergio Moro, o presidente Lula repostou uma arte em suas redes sociais, em formato de PowerPoint e parecido com o que Dallagnol utilizava quando ia apresentar as denúncias contra os acusados de corrupção, em que exalta todos os feitos e realizações nos 137 dias de governo. A publicação original foi na página oficial do governo federal.
Corrupção
O relator da ação penal que acusa o ex-senador Fernando Collor de Mello, o ministro do STF, Edson Fachin, defendeu no julgamento a condenação de Collor em 33 anos e 10 meses de prisão por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A ação, que faz parte do processo da Lava Jato, acusa o ex-senador de receber propina de R$ 20 milhões para facilitar contratos na BR Distribuidora, que era uma subsidiária da Petrobras.
Dia de CPIs
Como o presidente Arthur Lira (PP-AL) havia prometido, a quarta-feira foi movimentada com a instalação, simultânea, de três CPIs na casa legislativa. Elas vão investigar as invasões de terra patrocinadas pelo MST; as fraudes em apostas esportivas; e o rombo fiscal do Grupo Americanas. Chama atração que na CPI do MST tem maioria da bancada ruralista.
Atos de 8 de janeiro
Mais antiga e mais defendida pela oposição, a CPI mista dos Atos Antidemocráticos parece que vai acontecer mesmo. Foi o que divulgou o deputado federal Arthur Maia (União-BA) em seu Twitter. Cotado para presidir a comissão, ele afirmou que a investigação inicia na próxima terça-feira, 23, com a comissão instalada com todos os membros.
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