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Depois de fazer com que Venezuela e Guiana topassem um encontro para discutir a situação de Essequibo, o presidente Lula (PT) não comparecerá à reunião para mediar a conversa, na quinta-feira (14/12). O Palácio do Planalto já anunciou que Celso Amorim, assessor especial para assuntos internacionais, será o enviado, informa o colunista Ricardo Noblat, do portal Metrópoles.
A reunião entre o venezuelano Nicolás Maduro e o guianês Irfaan Ali ocorrerá no arquipélago de São Vicente e Granadinas, que ocupa, atualmente, a presidência da Celac (Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos). A escolha do local também se dá pela boa relação que o país tem com Venezuela e Guiana.
Celso Amorim deve, na ausência de Lula, repassar dois recados diferentes aos países. O assessor deve mostrar à Venezuela que o Brasil não vai defendê-la em caso de “medidas unilaterais que levem a uma escalada da situação”. O Brasil deverá, portanto, adotar uma posição dura contra o conflito.
Amorim também deve passar à Guiana uma sensação de tranquilidade, mostrando que o Brasil, apesar de atento, não acredita em conflito armado na América do Sul.
O encontro, marcado só depois que Lula convenceu Maduro, acontece na esteira de a Venezuela anunciar a anexação de Essequibo, região disputada entre os países desde o século XIX.
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