Assine nossa newsletter e fique por dentro de tudo que rola na sua região.
Nem mesmo a experiência de quase duas décadas desfilando na Sapucaí foi suficiente para que Cíntia Barboza não se emocionasse ao pisar a avenida para o ensaio técnico da Unidos de Bangu na noite de domingo. A personal trainer, que defende as cores da escola pelo segundo ano, resumiu o sentimento de estar, mais uma vez, no templo sagrado do samba.
“Eu sou grata, muito mesmo, por ter condições de, mais uma vez, participar desse espetáculo. Esse chão é mágico e para nós que somos sambistas, estar aqui defendendo o carnaval, um movimento tão importante para a nossa cultura, é reafirmar os nossos valores, a nossa importância para o mundo”, disse emocionada.
Inspirada na força e na resistência da mulher indígena, Cintia usou figurino de Yan Sollis, mesclando penas e pedrarias, uma ideia que surgiu durante a visita que a musa fez à Aldeia Marakanã junto com a comitiva da Unidos de Bangu.
“Tenho lido bastante sobre assuntos relacionados ao enredo e quis homenagear a mulher indigena. A Bangu está trazendo um tema muito necessário, rico e carregado de diversidade. Quando eu vi os indígenas no ensaio, me emocionei demais porque, assim como a população preta, eles foram e são discriminados”, comenta.
Nascida e criada na Zona Oeste, Cintia iniciou sua trajetória no mundo do samba como passista da Mocidade Independente, sua escola de coração. Foi finalista do concurso rainha do carnaval e hoje representa a Unidos de Bangu pelo segundo ano. Ela virá à frente da última alegoria da escola, que desfila na sexta-feira de carnaval, dia 28 de fevereiro.
Fotos: Jaqueline Gomes
Nenhum comentário. Seja o primeiro a comentar!