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Nesta terça-feira, véspera da votação da ADPF 635 (a “ADPF das favelas”) no Supremo Tribunal Federal, o governador Cláudio Castro voltou a se manifestar sobre a ação, movida em 2019 pelo PSB e organizações da sociedade civil e que tramita no STF desde então.
Após discursar na Alerj, Castro disse ao GLOBO que está sempre aberto ao diálogo e destacou que as medidas de aprimoramento do trabalho policial especificadas na ADPF 635 — que visa reduzir a letalidade policial — foram cumpridas. Ele diz, no entanto, que a questão da “extraordinariedade” das operações policiais precisa ser revista, já que “você tira do povo, da comunidade, o direito de ter uma polícia ostensiva”.
— Eu duvido que, se fizesse o mesmo no Leblon, em Ipanema ou na Barra, não tivesse protestos. Então, são situações que a gente tem que entender até que ponto não está fomentando um poder paralelo. Não tenho dúvidas de que não é um desejo da Suprema Corte, mas o Rio está sofrendo efeitos colaterais gravíssimos — diz Castro.
O governador também comentou sobre a escalada da violência que ocorreu nos últimos dias, com um grande aumento de roubos de carros e um ataque a tiros nesta terça-feira em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio. Segundo Castro, essa é uma retaliação dos criminosos ao trabalho das polícias e criticou outros entes federativos, como prefeituras e o governo federal.
— Estamos sozinhos nessa guerra hoje. Pela primeira vez, o Rio bloqueia milhões, trabalha na asfixia financeira, que seria algo que o governo federal deveria estar ajudando a gente. Não vamos retroceder em nada. E com a atual legislação, há quase um incentivo a ser faccionado — afirmou Castro.
Mais cedo, Castro publicou um vídeo nas redes sociais em que mostra o “caminho das armas” no Estado do Rio. Nele, destaca que, em 2024, foram apreendidos no estado 732 fuzis, “um recorde histórico”. Segundo ele, “essas armas vêm de fora do país, atravessam fronteiras sem controle e alimentam o crime organizado”.
Fonte Agenda do Poder
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