Assine nossa newsletter e fique por dentro de tudo que rola na sua região.
A operação da Polícia Federal contra o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) instala mais uma crise na antessala de Jair Bolsonaro (PL) e pode arrastar outros personagens centrais do governo do ex-capitão. Um deles é o general da reserva do Exército Augusto Heleno.
Agentes da PF foram às ruas nesta quinta-feira 25 na Operação Vigilância Aproximada, com o objetivo de investigar uma organização criminosa instalada na Agência Brasileira de Inteligência. O suposto esquema ilegal serviria para monitorar autoridades e desafetos da gestão Bolsonaro, por meio de ferramentas de geolocalização de dispositivos móveis – sem autorização judicial.
Ramagem, ex-delegado da PF, chefiou a Abin de julho de 2019 a abril de 2022, quando deixou o cargo para se candidatar a deputado. Durante esse período de quase três anos, o bolsonarista esteve subordinado a Heleno, então ministro do Gabinete de Segurança Institucional e, portanto, chefe da agência à época. Hoje, a Abin está sob o guarda-chuva da Casa Civil.
A investigação tentará determinar a extensão do suposto monitoramento ilegal da Abin sob Ramagem, Heleno e Bolsonaro. Entre os alvos estariam Moraes e Gilmar Mendes, do STF; o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia; e o ministro da Educação, Camilo Santana (PT), à época governador do Ceará.
Esta é a segunda semana consecutiva em que a PF vai às ruas em operações que podem respingar direta ou indiretamente em Jair Bolsonaro.
Há sete dias, agentes cumpriram um mandado de busca e apreensão contra o deputado Carlos Jordy (PL-RJ), líder da Oposição, em uma apuração sobre mentores intelectuais e responsáveis por planejar, financiar e incitar os atos golpistas de 8 de Janeiro de 2023.
Nenhum comentário. Seja o primeiro a comentar!