Com fé e declarações de amor ao Rio, missa no Cristo celebra os 457 anos da cidade

Com fé e declarações de amor ao Rio, missa no Cristo celebra os 457 anos da cidade

O tempo colaborou com um dia de céu azul, e cariocas e turistas que estiveram na manhã desta terça-feira (1°) no Cristo Redentor para comemorar os 457 anos do Rio de Janeiro puderam apreciar com os próprios olhos a beleza da cidade. O arcebispo do Rio, Cardeal Orani João Tempesta, presidiu uma missa em Ação de Graças pelo aniversário da capital fluminense. 

Baiana de nascimento e carioca de coração, Marinalva Raimunda dos Santos, de 74 anos, voltou ao Cristo Redentor depois de muitos anos e se encantou como da primeira vez em que esteve no Rio. "Eu vim ao Cristo a convite do meu pároco, da igreja Nossa Senhora da Conceição, da Tijuca, e para mim está sendo uma maravilha. Irei participar da procissão de aniversário, levando a imagem de São Sebastião, fazendo parte dessa festa", disse ela. Durante a missa, ela entregou uma das imagens de São Sebastião ao prefeito Eduardo Paes.

Durante a missa, o prefeito Eduardo Paes fez a leitura de um trecho da Primeira Carta de Pedro. Ao lado de Padre Omar, reitor do Santuário do Cristo, o arcebispo do Rio Dom Orani Tempesta ressaltou a solidariedade como marca do povo carioca, especialmente em momentos de dor como a tragédia de fevereiro em Petrópolis, que deixou mais de 200 mortos.

"Vimos com a tragédia com os nossos irmãos de Petrópolis que cariocas são solidários e gostam de partilhar com as pessoas. É uma pena que não aconteça sempre. Não precisamos que tenha sempre desastre para fazer isso. É importante aprendermos a olhar para o outro, partilhar sempre", comentou.

O arcebispo do Rio também lembrou o papel da igreja católica na fundação da cidade: o aniversário do Rio é celebrado em 1° de março porque este foi o dia em que Estácio de Sá desembarcou da Baía de Guanabara em um trecho de terra na altura do Pão de Açúcar, em 1565, iniciando a influência cristã portuguesa na cidade.

"Quando aqui chegaram os portugueses, trazendo a imagem de São Sebastião, vinham também nessa mesma ideia a cultura cristã da época. Isso marcou esse início da nossa cidade. Nesses 457, tivemos altos e baixos, momentos de glórias, de muita alegria, de serviço ao Brasil, mas também suas dificuldades, violências, problemas", afirmou o arcebispo.

Depois da missa, o tradicional bolo gigante feito pela Sociedade Amigos da Rua da Carioca e Adjacências (Sarca) foi cortado em muitos pedaços e distribuído aos visitantes. (Do Jornal O Dia)

 

Por Jornal da República em 01/03/2022
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