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Vistoria identifica problemas como falta de infraestrutura, superlotação e atendimento inadequado às gestantes.
A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), realizou nesta terça-feira (06/06) diligência no Hospital Estadual Azevedo Lima, localizado no município de Niterói. Segundo a presidente do grupo, deputada Renata Souza (PSol), a motivação para a inspeção foi o recebimento de diversas denúncias de violência obstétrica e o alto índice de nascimento de bebês com sífilis congênita.
“Esse hospital estadual é referência aqui na cidade de Niterói, mas temos recebido essas denúncias. Os bebês nascendo nessas condições mostra que o pré-natal foi imensamente prejudicado, então as mulheres não estão tendo sua saúde reprodutiva atendida de maneira adequada pelo Poder público”, disse a parlamentar.
Risco para gestantes
A infraestrutura hospitalar e a equipe médica foram alguns dos pontos analisados pela deputada em reunião com o diretor-geral da unidade, Marcus Vinícius Dias, e o diretor-técnico, Dilson Pereira. Renata Souza apontou que a condição atual representa risco para a saúde das gestantes e também dos bebês.
A parlamentar afirmou, ainda, que a visita mostrou que o hospital tem uma superlotação, fazendo com que não haja atendimento adequado às mulheres com gravidez de alto risco. Segundo ela, a infraestrutura da unidade deixa muito a desejar, visto que o prédio tem 80 anos e precisa de muitas reformas. Além disso, a parlamentar frisou a necessidade de urgência para inaugurar o novo espaço de maternidade.
“Muitos espaços são inadequados para prestar atendimento de qualidade. A promessa do Governo do Estado de inaugurar a nova parte é urgente para que a população de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí tenham assistência com novos leitos, com tomógrafo que dê conta das demandas apresentadas. Precisamos que essa estrutura seja colocada em funcionamento, o que vimos aqui é muito preocupante”, ressaltou Renata.
Obras para melhorar
O Hospital Estadual Azevedo Lima está em processo de reforma. A fachada da unidade começou a ser revitalizada sob a gestão feita pela organização social Instituto Sócrates Guanaes (ISG) a partir de junho de 2022, e a previsão para o término da reforma, orçada em torno de R$ 4 milhões, era 31 de dezembro do ano passado. Apesar de pronta, a fachada ainda não foi inaugurada, pendendo da definição da data de inauguração pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), de acordo com o diretor-técnico do hospital, Dílson Pereira.
Com a mudança de gestão em fevereiro deste ano, a Fundação Estadual de Saúde assumiu, também, a gestão das obras que estão sendo realizadas na parte interna do hospital. Um novo espaço para atender aos pacientes da emergência obstétrica e adulta no térreo foi criado; e os demais andares - onde ficam a maternidade, o centro obstétrico e o posto de enfermagem - estão sendo revitalizados. Foram adquiridos, ainda, novos equipamentos médicos de raio-X e tomografia, mas segundo a direção do hospital ainda não há previsão para a inauguração desses espaços.
A deputada Gisele Monteiro (PL) também participou da vistoria no hospital.
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