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O Conselho de Ética da Câmara de Vereadores do Rio decidiu nesta terça-feira abrir uma representação contra Gabriel Monteiro (PL). Acusações contra youtuber são de assédio, violação dos direitos de criança e uso indevido de servidores da Câmara.
Com a abertura do procedimento, a representação será enviada para a Mesa Diretora da Câmara, que analisará se cumpre todos os requisitos formais. Caso a denúncia chegue ao final do processo, a punição será deliberada em votação aberta no plenário e será preciso dois terços dos vereadores (34 votos) em caso de cassação ou maioria absoluta em caso de suspensão do mandato.
Após denúncias reveladas contra o vereador do Rio Gabriel Monteiro (PL), em reportagens do programa Fantástico, da TV Globo, a Polícia Civil e o Ministério Público do Estado do Rio (MPRJ) estão investigando casos envolvendo o parlamentar. As acusações são de abuso sexual, estupro e assédio sexual, entre outros. O programa exibiu, nos dois últimos domingos, entrevistas de ex-assessores e de mulheres que relataram terem sido vítimas do político, que é youtuber e ex-PM.
Monteiro, no entanto, já estava sendo investigado pela 16ª DP (Barra da Tijuca) a pedido da promotoria em inquérito que apura uma suposta tentativa de suborno cometida pelo empresário Jailson dos Santos Salazar, dono da J.S. Salazar. A empresa teve seu contrato suspenso com município do Rio para administração de pátios e reboques .
Nesse caso, o vereador afirma que foi vítima de extorsão. O empresário, que chegou a ser preso em flagrante pelo parlamentar, nega. Na decisão que determinou a libertação de Salazar após a audiência de custódia, o juiz Rafael de Almeida Rezende destacou: "não se pode descartar a tese de flagrante preparado”. O magistrado pontuou que a participação dele no episódio "sugere que a ação de Gabriel Monteiro tenha fins eleitoreiros".
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