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O Congresso Nacional aprovou, nesta quarta-feira (20), o Orçamento de 2025, fixando o teto de gastos em R$ 2,2 trilhões e prevendo um superávit de R$ 15 bilhões. A tramitação do texto, que esteve travada por três meses, foi destravada em apenas dez dias sob a coordenação da ministra Gleisi Hoffmann, da Secretaria de Relações Institucionais.
Nos bastidores, Gleisi tem se consolidado como uma das principais articuladoras do governo Lula, negociando diretamente com parlamentares para viabilizar acordos e destravar votações. Na noite anterior à aprovação, a ministra intensificou as tratativas no Palácio do Planalto para garantir a votação.
O Projeto de Lei Orçamentária de 2025 (PLN 26/2024) foi relatado pelo senador Angelo Coronel (PSD-BA), que destacou a expressiva diferença entre o superávit previsto inicialmente pelo governo, de R$ 3,7 bilhões, e o valor aprovado, quatro vezes maior.
Alterações no orçamento
Entre as principais mudanças na versão final do Orçamento estão:
Aumento de R$ 11,9 bilhões nas despesas em relação à proposta inicial;
Acréscimo de R$ 24,4 bilhões para a saúde;
Crescimento expressivo dos investimentos em esporte e lazer, que tiveram valor multiplicado por seis;
Redução nos repasses para programas sociais, como Bolsa Família e Farmácia Popular.
O processo de aprovação foi marcado por intensas negociações entre o Executivo e o Legislativo. A ministra Gleisi Hoffmann exerceu um papel-chave na interlocução com deputados e senadores, assegurando um resultado favorável ao governo.
Por outro lado, a oposição manifestou críticas ao texto aprovado. O partido Novo rejeitou a proposta, com voto contrário do senador Eduardo Girão (CE). O deputado Kim Kataguiri (União-SP) também se posicionou contra o Orçamento.
A definição orçamentária de 2025 garante previsibilidade para os investimentos do próximo ano, mas cortes em programas sociais, como a redução na verba do Bolsa Família e o enxugamento do programa estudantil Pé-de-Meia, devem ser temas de debates acalorados nos próximos meses.
O episódio fortalece a posição de Gleisi Hoffmann dentro do governo, consolidando sua influência como uma das principais estrategistas do presidente Lula no Congresso.
Fonte: Brasil247
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