Congresso Nacional elege novos líderes e redefine forças políticas

Por Carlos Arouck

Congresso Nacional elege novos líderes e redefine forças políticas

As eleições para a presidência do Congresso Nacional ocorreram neste sábado, 1º de fevereiro de 2025, com a escolha de novos líderes para a Câmara dos Deputados e o Senado Federal. O resultado do pleito redefiniu forças políticas e a distribuição de poder dentro das Casas Legislativas, em um momento crucial para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

No Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) foi eleito presidente, retornando ao cargo que ocupou entre 2019 e 2021. Com 73 votos dos 81 possíveis, ele foi o nome escolhido para comandar a Casa pelos próximos dois anos. Conhecido por sua habilidade de articulação e perfil conciliador, Alcolumbre já havia demonstrado capacidade de costurar acordos entre diferentes correntes políticas em sua gestão anterior. Sua volta ao comando do Senado deve manter essa linha, facilitando a tramitação de pautas estratégicas para o governo e a oposição.

Na Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) foi eleito presidente. Aos 35 anos, ele se torna um dos mais jovens a assumir o cargo e chega à função com o respaldo de uma ampla coalizão de 18 partidos, que reúne siglas como PP, PSD, Republicanos, PL, PT, PCdoB, PV, PRD, Rede, Solidariedade, Cidadania, PSDB, PSB, PDT, MDB, Avante, Podemos e PRB. Motta já havia se destacado na política ao ser eleito deputado federal pela primeira vez aos 21 anos, em 2010. Sua trajetória parlamentar e a proximidade com o setor privado foram fatores determinantes para garantir apoio a sua candidatura.

A escolha dos novos líderes ocorre em um momento desafiador para o governo Lula. Com uma aprovação em declínio, atualmente em 47%, o presidente enfrenta dificuldades para aprovar medidas como a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e o aumento da taxação sobre os mais ricos. No Congresso, tanto Alcolumbre quanto Motta são vistos como lideranças que devem manter um controle rigoroso sobre o orçamento federal, o que pode exigir intensas negociações do Planalto para avançar sua agenda legislativa.

A formação da nova Mesa Diretora também trouxe oportunidades estratégicas para a oposição. Mesmo adversários do governo se articularam para apoiar candidatos governistas, em troca de espaço na estrutura do Congresso. Entre os benefícios dessa aproximação estão a possibilidade de ocupar cargos administrativos, ter influência na definição da pauta e comandar comissões temáticas – instrumentos fundamentais para fiscalizar o Executivo e propor agendas próprias.

As alianças firmadas durante a eleição do Congresso Nacional demonstram a dinâmica da política brasileira, onde acordos pragmáticos são comuns na disputa por poder e influência dentro do processo legislativo.

Por Jornal da República em 02/02/2025
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