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Na tarde da última quinta-feira (29), o consórcio C2 Mobilidade Sobre Trilhos, composto pelas empresas Comporte e CRRC, arrematou a concessão para a construção e operação das novas linhas ferroviárias que conectarão a capital paulista a Campinas (SP). O leilão, realizado na B3 em São Paulo, contou com a participação exclusiva do consórcio, que ofereceu um lance com desconto mínimo de 0,01% em relação ao investimento estatal, garantindo a concessão com uma contraprestação de R$ 8,06 bilhões ao longo de 30 anos.
O projeto ambicioso prevê um investimento total de R$ 14,2 bilhões durante o período de concessão, com o consórcio assumindo a responsabilidade pelo projeto, financiamento, execução e operação dos serviços do Trem Intercidades Eixo Norte (TIC). Com uma velocidade média de 95 km/h, podendo atingir até 140 km/h em determinados trechos, o TIC promete encurtar o tempo de viagem entre Campinas e São Paulo para apenas 64 minutos, com intervalos de 15 minutos entre os trens e uma parada estratégica em Jundiaí. Cada composição terá capacidade para transportar até 860 passageiros.
Além da modernização do transporte entre as duas cidades, o consórcio também se comprometeu a implementar melhorias na Linha 7-Rubi, que já conecta São Paulo a Jundiaí, e introduzir o Trem Intermetropolitano (TIM) entre Jundiaí e Campinas. Com uma extensão de 44 km e paradas em Louveira, Vinhedo e Valinhos, o TIM promete uma viagem de 33 minutos, com uma velocidade média de 80 km/h, superando os 56 km/h do metrô. Cada trem do TIM terá capacidade para até 2.048 passageiros.
O cronograma estabelecido prevê que o novo sistema de transporte entre Campinas e São Paulo estará operacional em 2031, enquanto o TIM deverá ser inaugurado em 2029.
Em termos de tarifas, o edital de concessão estabelece um preço médio de R$ 50 ou menos para o serviço expresso entre São Paulo e Campinas (TIC), enquanto o bilhete para o serviço parador intermetropolitano (TIM) terá um valor fixado em R$ 14,05. Já os usuários da Linha 7-Rubi continuarão a pagar a tarifa pública atual de R$ 5.
Com esse investimento massivo e a promessa de um transporte eficiente, confortável e acessível, espera-se que as novas linhas ferroviárias impulsionem o desenvolvimento econômico e social da região, além de aliviar o tráfego nas rodovias congestionadas.
Fonte: Brasil247
Por Jéssica Porto
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