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A CPI da pandemia teve mais um melancólico capítulo ontem (6), e mais uma vez o terceiro ministro da Saúde do governo Bolsonaro Marcelo Queiroga, a exemplo de Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, não demonstrou estar seguro das informações solicitadas pelos membros da CPI.
Em todas as questões envolvendo desde o uso da hidroxicloroquina, (dez vezes perguntado pelo relator Renan Calheiros) a demora do governo para comprar as vacinas, o posicionamento presidencial em relação ao distanciamento social e ao uso de máscaras, Queiroga foi pontual: “Meu papel não é ser crítico das ações do presidente da República ou de outros integrantes do governo".
O quadro da crise sanitária além, de desalentador, está desinformado, percebe-se que possui formato publicitário. Eis que o novo cronograma de entrega de vacinas contra Covid-19 divulgado pela pasta no dia 24 de abril reduziu em quase 30% a quantidade de doses de vacinas contra Covid-19 que seriam entregues ao país em maio, se comparado com a previsão feita pela própria pasta no mês passado – ainda sob o comando do então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, foi pífio.
Gestão Queiroga
No final de março, duas semanas após assumir o cargo, o ministro Queiroga falou publicamente que haviam sido contratadas 560 milhões de doses de vacinas contra Covid-19. Esse número foi bastante explorado em propagandas oficiais. Mesmo sobre pressão, Queiroga conseguiu se salvar do emparedamento orquestrado pelos senadores oposicionistas ao governo Bolsonaro, sob o comando de Renan Calheiros.
“A luta contra a Covid-19 continua: foram compradas mais de 560 milhões de doses de vacinas. Em abril, a previsão é vacinar mais de um milhão de pessoas por dia. Enquanto isso, os cuidados devem continuar. Brasil imunizado. Somos uma só nação. Ministério da Saúde. Governo Federal”, disse o ministério, em postagem no Twitter de 24 de março. O anúncio não se concretizou.
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Temos a informação de que o Ministério da Saúde contratou 281 milhões de doses de vacinas contra Covid-19 para serem aplicadas nos brasileiros, metade da quantidade que o titular da pasta, Marcelo Queiroga, e canais de comunicação oficiais do governo alardearam ter sido contratada, (dados oficiais do ministério).
O ministro Queiroga, ao final deu a notícia: o Ministério da Saúde publicará em edição extra do Diário Oficial da União, uma dispensa de licitação para a compra de 100 milhões de doses de vacinas para Covid-19 da farmacêutica americana Pfizer, ao valor total de R$ 6,6 bilhões.
Pazuello
Senadores que compõe a CPI da Covid no senado, cogitaram na tarde de ontem (6), que o ex-ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, seja alvo de um mandado de condução coercitiva para depor perante a CPI da Covid. A possibilidade foi considerada após o militar ter sido flagrado sendo visitado pelo ministro Onyx Lorenzoni (Secretária-geral da Presidência).
De acordo com informações do jornal O Estado de São Paulo, o encontro entre os dois foi no Hotel de Trânsito de Oficiais, onde Pazuello supostamente estaria em isolamento depois de ter contato com dois servidores que contraíram a Covid-19.
TCU poderá ser acionado para apurar despesa
A informação consta de uma resposta a requerimento de informações enviada pela pasta ao deputado federal Gustavo Fruet (PDT-PR). O parlamentar questionou o ministério se houve a efetiva compra de 560 milhões de doses de imunizantes, como anunciado pelo governo, ou apenas intenção de adquirir os imunizantes.
O parlamentar disse que vai encaminhar as informações obtidas para a CPI da Covid do Senado e pedirá apuração do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre os gastos com publicidade, uma vez que houve quem autorizou esse tipo de despesa.
Da Redação/Reuters/em.com/Imagem: Internet.
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