CPI da Covid: uma investigação ou encenação?

Uma CPI honesta é trunfo para o Senado se redimir da queda de confiança da população no legislativo.

CPI da Covid: uma investigação ou encenação?

Temos notícia de que a Casa Civil elaborou uma lista com 23 acusações e críticas ao desempenho do governo federal no combate à pandemia e que podem ser usadas como objeto inquisitório na CPI da Covid no Senado.  

A lista aponta, entre outros, suposta negligência do governo na compra de vacinas, promoção de tratamento precoce contra a Covid sem comprovação científica, militarização do Ministério da Saúde, minimização da gravidade da pandemia e ausência de incentivo à adoção de medidas restritivas para reduzir o contágio pela doença são alguns dos pontos. Seu conteúdo além de circular nas redes sociais, pontuou na grande mídia nacional e internacional 

Instalada na terça-feira (27/04) para investigar a conduta do governo federal durante a pandemia, alavancada por preliminar do plano de trabalho da CPI que prevê investigar questões como o atraso na compra de imunizantes pelo país, a omissão do Ministério da Saúde no colapso na rede de saúde de Manaus no início do ano e a insistência de Bolsonaro em recomendar o chamado tratamento precoce.  

Outro ponto é a aquisição de 70 milhões de doses da vacina da Pfizer que não ocorreram no fim de 2020. Esse último é o “calcanhar de Aquiles” das autoridades da saúde do governo federal. 

A crise sanitária continua implacável 

Na data de ontem (28/04), segundo dados reunidos pelo consórcio de veículos de imprensa junto a secretarias de 26 estados e Distrito Federal, 14,52% da população foi vacinada com a primeira dose contra a Covid -19 no Brasil, o que significa 30,7 milhões de pessoas. 

Leia também: Mourão dispara sobre CPI da Covid-19: “Muita gente aproveitando para reaparecer”

Bolsonaro está no foco central da CPI da Covid

A CPI da Covid sem a menor dúvida reflete e afeta a popularidade do governo Bolsonaro. Outro ponto é seu trabalho de apuração das denúncias será semipresencial e por certo terá que investigar a conduta do governo durante a pandemia e o uso de recursos da União transferidos para Estados e municípios. Da mesma forma apurar as denúncias contra governadores e prefeitos. Isso sem contar com os atos de truculência contra a população, ordenado por autoridades públicas. Uma CPI honesta é trunfo para o Senado se redimir da queda de confiança da população no legislativo. 

Mandeta, Teich, Pazuello e Queiroga serão ouvidos 

Os quatro ministros que ocuparam o Ministério da Saúde serão chamados para prestar depoimentos na condição de testemunhas, não de investigados. A sessão de hoje (quinta-feira) vai validar o plano de trabalho e deverá aprovar as sugestões feitas pelo relator Renan Calheiros (MDB). E será confirmada a convocação do ex-ministro da Saúde, Henrique Mandeta para depor na terça-feira (4/05).  

O procedimento está de acordo com o requerimento aprovado, que propõe que as oitivas ocorram em ordem cronológica do início da pandemia até o momento. Em seguida serão convocados, Nelson Teich, Eduardo Pazuello e, por fim, o atual ministro Marcelo Queiroga. Todos serão ouvidos pela comissão 

Reprovação do governo federal atinge 57%  

Foi divulgada hoje (29/04) a Pesquisa PoderData em parceria com o Grupo Bandeirantes realizada de 2ª a 4ª feira da semana (26-28.abr.2021) indica estabilidade nas taxas de aprovação e desaprovação ao governo Jair Bolsonaro. A atual gestão federal é reprovada por 57% dos brasileiros e aprovada por 35%, níveis semelhantes aos dos resultados anteriores.  

Os que consideravam Bolsonaro ruim ou péssimo no meio de abril (12-14) eram 55%. Considerando-se a margem de erro, estariam na faixa de 57% a 53%. Nesta rodada, estão em 51%, podendo ser de até 53% ou até 49%. Os números variaram dentro da margem de erro do estudo, que é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. O levantamento teve 2.500 entrevistas em 482 municípios nas 27 unidades da Federação. Esclarece a pesquisa. 

Por: Roberto Monteiro Pinho/Gazeta do Povo/PODER360/Imagens: Internet. 

Por Jornal da República em 29/04/2021

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