CPI mista começa a esfriar

Falta combinar 

Oposição e base acreditam que a CPI mista para investigar os atos de vandalismo do 8 de janeiro começará na próxima semana no Congresso Nacional. Mas, entre querer e poder há um hiato e muita articulação nos bastidores sobre a composição de membros e forças.

Água fria

Ao que tudo indica, o governo vai ter maioria na comissão investigativa e o cenário foi desenhado nesta sexta-feira, 5, quando o presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), indeferiu uma questão de ordem sobre a composição apresentado pelo senador da oposição, Rogério Marinho (PL-RN). O parlamentar anunciou que vai recorrer da decisão à CCJ da casa.

Inimigo oculto 

O senador bolsonarista Marcos do Val (Podemos-ES) está encabeçando um movimento, tipo claque, para minar a confirmação do senador Eduardo Braga (MDB-AM) como relator da CPI mista dos atos antidemocráticos. A denúncia veio à tona em matéria jornalística no Estadão, em que Do Val teria vazado o número celular de Braga num grupo no Telegram com 12 mil membros para que fizessem pressão contra essa escolha. Braga não comentou a ameaça.

Que papel!

Entre os 36 votos contrários ao projeto de lei 1085/2023, do Poder Executivo que torna obrigatória a igualdade salarial entre homens e mulheres no mercado de trabalho, dez foram de deputadas federais ligadas ao bolsonarismo. Os destaques vão para Bia Kicis (PL-DF), Carla Zambelli (PL-SP), Rosângela Moro (União-SP), Any Ortiz (Cidadania) e Adriana Ventura (Novo-SP).

Investimentos

Em Londres, onde chegou nesta sexta, 5, para participar da cerimônia de coroação do Rei Charles III, o presidente Lula se reuniu com autoridades inglesas, que anunciaram aporte de 80 milhões de libras, o equivalente a R$ 500 milhões para o Fundo Amazônia para o combate ao desmatamento na região. Agora, é arregaçar as mangas, enfrentar esse monstro que consome as nossas florestas e agir com o rigor da lei para quem favorece esse cenário.

Evento do século

Neste sábado, 6, o mundo vai acompanhar uma solenidade histórica - por vezes odiada por uns e respeitada por outros - que será a coroação do monarca do Reino Unido, Rei Charles III. Autoridades e personalidades dos quatro cantos do Planeta estarão presentes para participar deste evento real, que é o último remanescente entre as realezas europeias. A última vez que o mundo acompanhou essa cerimônia foi há 70 anos, por ocasião da coroação da Rainha Elizabeth II, morta ano passado com 96 anos de idade.

Hora da decisão

No dia 7 de junho, a corte do Supremo Tribunal Federal retoma o julgamento do marco temporal das terras indígenas e a pressão por parte destes povos e etnias para derrubar essa tese vai aumentar. O julgamento está paralisado desde setembro de 2021 e empatado com um placar de 1 a 1. 

Projeção

Passou a vigorar, hoje, 5, o decreto presidencial que cria o Conselho Nacional de Fertilizantes e Nutrição de Plantas (Confert), ligado aos ministérios do Desenvolvimento e Indústria e da Agricultura. O projeto é implantar o Plano Nacional de Fertilizantes para reduzir a dependência brasileira do mercado externo deste produto, que hoje é de 85%.

Cooperação 

A ministra do Turismo, Daniela Carneiro, está em Cuba esta semana participando de uma feira internacional de turismo. Essa viagem é bastante simbólica e emblemática e mostra a retomada das relações internacionais entre Brasil e Cuba. Nos últimos dois governos (Bolsonaro e Temer), esse país caribenho ficou em "suspenso" da diplomacia brasileira.

Três anos depois

Gravem esta data de 5 de maio, dia em que a Organização Mundial de Saúde (OMS) retirou o status de emergência de saúde pública mundial em relação à Covid-19. Há 3 anos, o mundo era impactado com a violência mortal do vírus que matou quase 7 milhões de pessoas neste período. Se é cedo para essa medida, o tempo dirá, pois o vírus continua à solta fazendo suas vítimas aqui e ali.