CREA/ES, anfitrião da CONEAS - Conferência Nacional de Engenharia Sanitária e Ambiental deu destaque aos riscos em favelas

Entidades do Conselho de Engenharia (CONFEA/CREA/MUTUA), realizaram de 12 à 14 de Novembro em Vitória/ES, a CONEAS - Conferência de Nacional de Engenharia Ambiental e Sanitária, logo após a realização da Expo Favela Innovation Rio de Janeiro que ocorreu nos dias 29, 30 e 31 de outubro, no Rio de Janeiro na Cidade das Artes.

A programação do Expo Favela, não houve especialistas com foco na preocupação com os riscos de engenharia: Desmoronamento, Intervenções Urbanísticas, Ambientais e Sanitárias necessárias para prevenir futuras tragédias.

O presidente do CREA/ES - Engenheiro Jorge Silva, manifestou em entrevista que: "A CONEAS é um evento de suma importância, não só para Engenharia Sanitária e Ambiental, como para todos os profissionais e através desta conferência, trás mais resultados e aperfeiçoamento profissional, além do networking e a visão futura do mercado de trabalho".

Perguntado sobre a enchente do Rio Grande do Sul e possíveis tragédias com desmoronamento e riscos nas favelas do RJ, o presidente do CREA/ES - Eng. Jorge Silva, disse que: "Tem que haver uma intervenção no poder de conhecimento técnico do profissional, nós do Estado do ES, juntamente com o Corpo de Bombeiros - CBMES e a Defesa Civil, estamos mapeando todas as áreas de risco de forma preventiva, educativa e orientativa e vamos evitar acidentes e inclusive vítimas fatais e eu entendo que o sistema CONFEA/CREA, é muito importante nessa área com seus profissionais ajudando e fazendo parceria não só com os Municípios, mas, também no Estado e com a Nação.

Ao Eng. Jorge Silva - Presidente do CREA/ES, foi apresentada proposta do Eng. Fernando Annibolete - presidente da ASPROCITEC, de implementar nas Cidades os Assistentes Técnicos (Lei 11.888/2008), como sendo "Engenheiros Públicos", com função de assessorar a sociedade na área técnica.

Essa lacuna é motivo de preocupação para o Eng. Fernando Annibolete e enfatiza que as prefeituras são responsáveis pelo solo urbano e que seus gestores devem assumir a responsabilidade pela omissão em realizar as obras necessárias para controlar e eliminar tragédias e riscos de acidentes.

O engenheiro exemplifica com o caso da tragédia no Morro do Bumba, que resultou em várias mortes em Niterói, citou sobre possibilidade futura de queda do cabo de aço de um teleférico abandonado no Morro do Alemão, além dos perigos nas encostas das regiões urbanas ou com as enchentes como no caso da tragédia no Sul do país.

A proposta do Eng. Annibolete é iniciar imediatamente um "Diálogo Local", com propósito de expandir no âmbito nacional para envolver o poder Legislativo, Executivo e Judiciário.

Adotando o lema "Menos é Mais", Eng. Annibolete apresenta como proposta a programação inicial:

1 - Fazer podcast com especialistas, como os que já aceitaram o convite:

Engenheiro Civil Rodrigo Azevedo - Diretor de Engenharia e Obras da Federação das Favelas do Estado do RJ (FAF-RIO), especialista em bacias hidrográficas e hidrologia.

Geografo Vagner da Silva Oliveira (Vagner Fia)  Professor, MSc em pesquisas sobre Cartografia Social em áreas de favelas, pela PPGEO/UERJ-FFP, Conselheiro e Membro da CEAGRI e da CED - Comissão de Educação do CREA/RJ.

2 - Promover diálogos locais para conscientizar principalmente os prefeitos sobre a importância de prevenir e eliminar os riscos nas Cidades,...

3 - Unir esforços com associações de moradores, entidades e conselhos de classe de profissionais da área técnica para que em uma só voz, solicitar ações emergenciais aos membros do poder legislativo e executivo, visando a prevenção e eliminação dos riscos de acidentes,...

É fundamental que essas questões sejam debatidas nas próximas edições da Expo Favela Innovation, permitindo discussões aprofundadas sobre a segurança e a mitigação de riscos nas Cidades.

Por: @fernandoannibolete 
@annibolete.fernando

Por Jornal da República em 24/11/2024
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