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Um movimento político sem precedentes agita a pequena cidade de Iguaba Grande, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro. O Partido Socialista Brasileiro (PSB) local tomou uma medida drástica ao protocolar na Câmara de Vereadores um pedido de impeachment contra o prefeito Vantoil Medeiros Martins, do Partido Cidadania.
A ação ocorre em meio a uma crise profunda na saúde pública municipal, com a paralisação das obras da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), essencial para o atendimento de urgência e emergência da população.
A situação da saúde em Iguaba Grande é descrita como a pior desde a emancipação da cidade em 1995. A UPA, paralisada há mais de um ano, é um símbolo do descaso que coloca em risco a vida dos iguabenses.
Além disso, a população enfrenta a falta de medicamentos na farmácia da prefeitura e atrasos na marcação de exames, aumentando o desespero dos que dependem do sistema público de saúde.
O caso de Bruna Terra Lobo, uma jovem de 22 anos que faleceu após buscar atendimento na UPA provisória quatro vezes em uma semana, ilustra tragicamente as falhas do sistema. Sua morte acendeu um alerta sobre a gravidade da situação e a urgência de medidas concretas para reverter o quadro.
O pedido de impeachment, apoiado por relatos de negligência e omissão, ressalta a crise de liderança no enfrentamento dos problemas de saúde. A cidade, beneficiada por milhões de reais em royalties de petróleo, vê-se diante de um paradoxo: recursos financeiros disponíveis, mas uma gestão incapaz de garantir o direito fundamental à saúde.
Este caso em Iguaba Grande serve como um lembrete sombrio das consequências da inação governamental. A saúde pública, direito de todos e dever do Estado, tornou-se um campo de batalha onde os cidadãos lutam não apenas por qualidade de vida, mas pela própria vida.
O pedido de impeachment não é apenas um ato político, mas um grito de socorro de uma comunidade que exige mudanças imediatas e efetivas.
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