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A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) tornou-se palco de intensas discussões após a revelação de um contrato de R$ 16,1 milhões firmado pelo Departamento de Transportes Rodoviários (Detro) com o Consórcio Rio Parking Carioca para serviços de remoção, depósito e guarda de veículos rebocados. A polêmica contratação levantou questionamentos sobre a eficiência e a necessidade do Detro, impulsionando parlamentares a pedirem sua extinção.
O Cerne da Controvérsia
O contrato, publicado no Diário Oficial, vincula o Detro ao Consórcio Rio Parking Carioca, composto pela TCR Construtora Eirelli e APL Administração de Pátios e Leilões Ltda., empresas já conhecidas na administração de pátios e leilões de veículos apreendidos. A polêmica se intensificou pelo histórico da APL, que teve seu convênio anterior com o Detro cancelado após pressões da Alerj.
**Reações Parlamentares**
Os deputados Filippe Poubel (PL) e Luiz Paulo (PSD) estão à frente das críticas. Poubel, anunciando que levará a questão ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), descreveu o Detro como "o banco da máfia dos reboques", criticando a falta de fiscalização em outros setores, como o transporte público. Luiz Paulo reforçou a ideia de uma auditoria e questionou a duplicidade de funções entre o Detro e a Agetransp (Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes do Estado), sugerindo a extinção do Detro como uma medida de economia e eficiência.
Implicações Financeiras e Administrativas
A crítica não se limita apenas à natureza do contrato, mas também ao impacto financeiro e à estrutura administrativa do estado. Com um déficit previsto de R$ 13 bilhões para 2025, a existência de órgãos com funções sobrepostas, como Detro e Agetransp, é vista como um desperdício de recursos públicos.
**O Futuro do Detro**
A polêmica em torno do contrato de reboques coloca em xeque a existência do Detro, com deputados argumentando que sua função poderia ser absorvida por outras entidades reguladoras, como a Agetransp. A proposta de extinção, embora radical, reflete um crescente descontentamento com a gestão dos transportes rodoviários e a busca por uma estrutura mais enxuta e eficiente no governo estadual.
A situação atual do Detro e o debate em torno de seu contrato de reboques destacam a complexidade e os desafios enfrentados na gestão dos transportes e serviços públicos no Rio de Janeiro. A discussão sobre a eficácia, a transparência e a necessidade de reformas estruturais no âmbito dos órgãos reguladores estaduais promete ser um tema recorrente na agenda política do estado, com implicações diretas para a administração pública e a prestação de serviços à população.
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