Cultura: Economia do Mar, Oportunidades e desafios - Parte 3

Por Silvia Blumberg

Cultura: Economia do Mar, Oportunidades e desafios - Parte 3

O planeta Terra é insubstituível! Nós humanos dependemos dele para continuarmos existindo.

Desde crianças estudamos Ciências e no geral aprendemos sobre ecossistemas, cadeias alimentares e raramente somos educados para compreender os efeitos positivos e negativos que o único animal que se intitula como racional pode causar desequilibrando o que a natureza por si consegue nos oferecer de seus recursos naturais.

A água assume o protagonismo de todas as cadeias de recursos: mineral, vegetal e animal. 

E ainda: os oceanos ajudam despoluir o ar que respiramos.

A “evolução” humana com suas revoluções, indústrias, guerras, conquistas vem demonstrando que é preciso mudanças radicais no modo de vida e consumo dos seres humanos.

O Brasil com todos os seus recursos naturais vem chamando a atenção no mundo!

Continente Europeu durante suas fases de desenvolvimento se destacou com a falta de visão de seu futuro no que se relaciona com preservação de recursos naturais.

Por outro lado, estamos conhecendo as estratégias portuguesas para desenvolver economias voltadas para águas…

 Portugal sempre soube se beneficiar de sua posição geopolítica com costas oceânicas privilegiadas, investe há mais de 10 anos em ações voltadas para Economia do Mar e vem desenvolvendo um grande movimento de rever e explorar suas águas e todos os tipos de negócios que existem conectados com elas, através do desenvolvimento da Economia Azul. 

O Brasil tem um momento especial para se integrar em projetos com nossos colonizadores.

Para se beneficiar das oportunidades desta Economia voltada para exploração sustentáveis das águas o país tem a missão de preparar as novas gerações com educação e cultura compatíveis com as exigências que este mundo novo de oportunidades exige!

Os gestores da Educação Pública estão com sérias dificuldades para atualizar os ensinos voltados para as questões ambientais e em especial no que diz respeito as águas incluindo nascentes, rios, cachoeiras, mares, oceanos…

A consciência de conectar nossos hábitos (higiênicos, alimentares, saúde, lazer, esporte) compreendendo nossa cultura e suas diferenças dependendo de onde nascemos, de nossos recursos naturais, minerais, vida, consumo e descartes deverá ser prioridade absoluta se desejarmos combater as consequências das crises climáticas.

Na história do mundo foram valorizadas conquistas, descobrimentos, monoculturas, domesticação de animais e no decorrer dos séculos criamos regras e modos de vida que desequilibram por completo a relação da humanidade e planeta.

Países em desenvolvimento comprometem bem menos as relações de uso de recursos naturais e consumo se comparado com países desenvolvido.
Como faremos para minimizar estas desigualdades? 

O homem / mulher que se consideram racionais são os únicos seres que se permitem não seguir os ritmos da natureza, explorando recursos de modo desordenado e produzindo poluições de todas as ordens, sacrificando a continuidade da vida no planeta, mesmo sabendo que não há planeta B.

Os oceanos por muito tempo eram percebidos como “estradas” aquáticas que poderiam facilitar os encontros de povos e viabilizar conquistas territoriais dependendo de quem se preparava de forma bélica para ocupar territórios pela força e em muitos casos sacrificando povos originários e desconsiderando seus saberes e suas culturas ancestrais.

Os valores das conquistas nunca tiveram o propósito de facilitar integrações de conhecimentos e buscar harmonia e equilíbrio entre os povos.

Valores de poder e de ocupação intelectual seguem dominando inúmeras lideranças mundiais, nacionais e locais nos obrigando buscar alternativas de minimização de inúmeras situações estratégicas para o ser humano como fome, água potável, educação, saúde trabalho, comunicação, energia e acessibilidade.

Este é o momento de oportunidade máxima para nos conectarmos com todas as camadas das populações e fomentarmos as organizações públicas, privadas, academias para juntos desenvolverem programas interativos e participativos com a cultura de cuidados e preservação ambiental.

O desafio é incluirmos tecnologias adequadas que acelerem e viabilizem as condições que precisamos para ser possível agilizar providências urgentes que farão a diferença para nossas vidas e para vidas de gerações futuras.

Indico a leitura:

https://inteligenciademercado.rj.sebrae.com.br//assets/arquivos/BTEconomiadoMarfinal.pdf

Todos os nossos hábitos e consumo podem influenciar o mar! 
Existem ilhas gigantes de plásticos!

Você: que medidas está tomando para proteger o planeta?

Conhece os serviços inovadores que minimizam seu impacto ambiental enquanto vive?

Como descarta seus resíduos?

Usa transporte público?

Suas compras: presta atenção de onde vieram os materiais delas? E o descarte? Vai poluir? Ou é reciclável?

Ficam aqui algumas questões que podem fazer você mudar seu comportamento e seu consumo.

É um bom começo!

 

 

Por Jornal da República em 25/04/2024
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