Cultura, Política e Área Ambiental 

Por Silvia Blumberg

Cultura, Política e Área Ambiental 

Nestas  últimas semanas o cenário do Pantanal em chamas e as festas juninas no paralelo viralizaram.
A morte de milhões de árvores e de vidas animais parece não sensibilizar muita gente.

Quem se lembra dos conflitos de imagens semelhantes em áreas infinitamente menores e  guerra de narrativas sobre a inércia dos governantes da gestão passada?

As análises de riscos elaboradas por órgãos e profissionais  especializados teriam possibilitado reação do governo federal para minimizar as queimadas no Pantanal?
A resposta? É claro que sim!
 
“A gente já sabia que isso ia acontecer quando vimos aquele evento no Rio Grande do Sul”, afirma o especialista. 
Segundo Artaxo, uma consequência possível do fenômeno climático que provocou o excesso de chuvas no Sul era justamente uma antecipação da seca no Pantanal. "É como se as chuvas tivessem ficado presas no Rio Grande do Sul", diz.
“O problema não é prever, mas agir para que não aconteça. E faltou ação.”

https://www.bbc.com/portuguese/articles/c6ppqq9454qo.amp

Fonte: BBC 
Em 20/06/2024 

O partido que mais apontou o dedo para buscar responsáveis em queimadas passadas infinitamente menores do que a atual não fez seu mínimo dever de casa!

Onde estão as críticas dos terríveis eventos climáticos da atualidade nas redes sociais?

Quanto investimos na área ambiental? 
Quanto estamos perdendo de biodiversidade com estes incêndios de proporções gigantescas no nosso Pantanal?
Quanto deveríamos ter investido para diminuir as proporções desta tragédia? 
Qual valor deste prejuízo em números financeiros?


O prejuízo da falta de planejamento e atitudes diante dos problemas climáticos é de  todos e todas! 
O incêndio afeta todo ecossistema da região!

 A qualidade do ar,  perda da vegetação, dos animais afetará quem votou ou não neste governo!

Nosso país precisa ter a consciência que de nada adianta as visitas de ministros e ministras nas áreas em chamas para definirem se foi humano,  natural ou sobrenatural!
A negligência de quem deveria ter analisado riscos e atuado para proteger nossos biomas é imperdoável e difícil de ser calculada a abrangência destas omissões.

O silêncio daqueles que lutaram para mudar a política em Brasília arde e queima nossa inteligência e demonstra as críticas seletivas da população que é especialista em promover grandes comoções públicas em especial quando são ligadas as questões ambientais.

A escolha de não comprometer a imagem de seus ídolos em Brasília  choca e prejudica  toda a nação!

Está mais do que na hora de colocarmos as questões ambientais , de saúde e Economia Azul como suprapartidárias!

As consequências da incompetência e da ausência de políticas públicas que vitimizam quem não tem reação para prevenir as catástrofes ambientais , em especial a fauna e flora precisam de um legislativo e executivo com a consciência ambiental plural e eficiente.


Está mais do que provado que ter políticas de estudos de riscos ambientais, de proteção das águas, da vegetação, dos rios, oceanos  e toda riqueza natural é prioridade dos governantes e de toda liderança legislativa e executiva.

Toda população precisa estar envolvida nos planos, programas e projetos de mitigação e políticas ambientais, em especial os mais vulneráveis.

Para ser possível desenvolver políticas protetivas ambientais é necessário  ter investimentos previamente planejados.

Analisando os principais problemas do Brasil  captados através de pesquisas em ordem decrescentes temos:
Crime e Violência 
Saúde 
Pobreza e Desigualdade Social
Corrupção 
Educação 
Inflação 
Desemprego 
Impostos 
Mudanças Climáticas 
Ameaças ao Meio Ambiente 
Fonte: What Worries de World de Junho 
Publicado no Jornal O Globo de 30/06/2024

Observamos que as questões climáticas estão entre as 10 maiores preocupações dos brasileiros.

Sabemos que muitas destas preocupações se integram e devem convergir para viabilizar soluções, racionalizar recursos e atender expectativas das populações.
 
Na área de cultura as evidências das consequências das tragédias climáticas nos obriga repensar sobre vocações territoriais e suas preservações.

Em breve teremos que integrar localidades de vocações diferenciadas para facilitar a soma de conhecimentos e fomentar práticas colaborativas.

Indispensável  o respeito  as culturas e ancestralidades, promovendo a integração de ideias que facilitem a preservação e cuidado com o ambiente e de todos e todas seres vivos.

É fundamental  racionalizar recursos naturais e manter  práticas positivas para proteger  nosso planeta  e deixar heranças positivas para próximas gerações.

Por Jornal da República em 30/06/2024
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