Cultura: Presidente Lula, sua democracia e os judeus

Por Silvia Blumberg

Cultura: Presidente Lula, sua democracia e os judeus

Desde 07 de outubro de 2023,  quando Israel foi, covardemente,  atacado pelos grupos de terroristas Hamas, os judeus do mundo estão sentindo o terrível comportamento antissemita.

Os judeus foram escravos no Egito e muitos de nós conhecemos a história bíblica de Moises.

Os faraós escravizaram os judeus por 400 anos!

Os faraós decretaram a morte de todos os primogênitos e a mãe de Moisés o salvou apostando na sua sobrevivência boiando numa cestinha do Rio Nilo. 

A filha do Faraó encontra o bebê e Moisés cresce nos palácios até acontecer o chamado divino que faz de Moisés um dos maiores líderes do povo hebreu.

O milagre do mar se abrindo e salvando o povo da escravidão é um dos maiores símbolos de fé e superação.

“Eles conseguem atravessar o mar com seus pés secos, alcançam a outra margem!” Descrições bíblicas.

E durante a caminhada de 40 anos no deserto, Moisés recebe a Torá e seus 613 mandamentos! (não são apenas 10). 
Os que aceitaram estes regulamentos formam então o povo judeu! 

O pacto de aceitar os mandamentos significa aceitar as regras de ética, justiça social e amor ao próximo.

O povo judeu sofre com perseguições em muitos períodos da história!
Seus hábitos higiênicos eram prevenção de pestes e doenças, mas, ao contrário do que aconteciam, os judeus eram considerados causadores das doenças e apontados como bruxos (as).

“A presença judaica na Península Ibérica, ou Sefarad, data de antes da era cristã. Durante a dominação muçulmana da Península, aos judeus foi permitida a convivência pacífica com muçulmanos e cristãos, mas à medida que se foi processando a Reconquista cristã, foram reduzidos os seus direitos, forçados a migrações e expulsões, fenômenos frequentes na diáspora judaica.

Os judeus foram igualmente objeto de segregação, sendo separados da população cristã nas judiarias (as mais importantes foram as de Lisboa, Porto, Lamego, Santarém e Évora).

Em Portugal, os judeus gozavam de relativa autonomia e de alguma proteção da Coroa, a quem emprestavam elevadas quantias, não deixando de ser obrigados a impostos elevados, alguns dos quais só eles pagavam”
Fonte: ensina.rpt.pt 

Inquisições, torturas, expulsões e todos os tipos de violência foram aplicadas aos judeus na península Ibérica, incluindo conversões obrigatórias,  obrigando o povo judeu se refugiar em países que os recebessem: Muitos fugiram de Portugal, vindo a enriquecer, cultural e financeiramente, locais como a Síria, Turquia, Holanda, Itália, Inglaterra e França.

Como se não bastasse veio o nazismo e o assassinato de 20 milhões de pessoas, dentre elas 6 milhões de judeus.

Terminada a Segunda Guerra Mundial vem a chance de se criar um estado judeu para abrigar os sobreviventes, a grande maioria com poucos recursos fundam organizações socialistas para ocupar a terra desértica.

Fui voluntária em Israel na minha adolescência e desde então visito o país. 
Vi com meus próprios olhos o início de toda revolução social e tecnológica do território.

Neste deserto, em poucas décadas, surge uma – Israel de primeiro mundo!

Neste período aconteceram várias provocações dos países vizinhos, obrigando Israel investir em exércitos capazes de defender sua população e ampliar suas margens territoriais.

Em 07/10/2023 acontece mais uma invasão bárbara do grupo terrorista Hamas.
Desta vez a população civil foi surpreendida por homens em estado de ódio supremo, os quais estupraram mulheres, incendiaram pessoas, esquartejaram, assassinaram famílias inteiras indiscriminadamente, comprometendo a vida de mais de 1200 pessoas!

O grupo tem um objetivo: exterminar judeus do mundo inteiro! 
Vários deles filmaram as barbáries e se vangloriaram de matar civis judeus.
E o mais cruel: sequestraram mais de 200 pessoas de todos os gêneros e idades.

Pelas leis diplomáticas, Israel teria e tem o direito de defender seus cidadãos!

A guerra se inicia e se descobrem centenas de km de túneis sob prédios públicos e privados!

Os terroristas desde 2007 governam Gaza e sua população vive aterrorizada desde então.

O terror usa a população como escudo e o diálogo se torna inviável.

O mundo descobre que funcionários da ONU são parceiros do terror e suspendem a ajuda humanitária: Canadá, Alemanha, Austrália, Estados Unidos são alguns deles.
Estes recursos não eram destinados ao desenvolvimento e bem-estar do povo palestino, eram desviados para compra de armas e construção de infraestruturas com a finalidade de exterminar o povo judeu e destruir Israel.

Presidente Lula, contrariando a lógica do Ocidente de neutralizar os terroristas não enviando mais recursos financeiros, promete então que o Brasil vai oferecer recursos para o Hamas. 

Meus avós e milhares de judeus sobreviventes se refugiaram no Brasil antes e depois da segunda guerra para fugir da perseguição e da morte durante a Europa nazista.

O Brasil, há algumas décadas governado pelo PT, demonstra total simpatia com os maiores inimigos de Israel.

Em 2009, presidente Lula recebe Ahmadinejad, líder do Irã, o qual cometeu os maiores crimes de intolerância de gênero, desejava o fim de Israel e negava o holocausto.
“Nesta segunda-feira, em frente ao Ministério das Relações Exteriores, em Brasília, algumas dezenas de pessoas carregando bandeiras de Israel e cartazes dos movimentos gay e feminista gritavam palavras de ordem contra o presidente iraniano”
Fonte: BBC 

Nos últimos dias o presidente Lula, na ânsia de receber algum tipo de prêmio que o qualificasse como estadista da paz, cometeu crimes que chocou o ocidente,  o povo judeu de todo o mundo e em especial os judeus no Brasil.

Nunca imaginamos ter um presidente que nos colocasse em posição tão vulnerável e lastimável! 

Lula por negar a história do povo judeu e de Israel se posicionou a favor do terrorismo e ainda demonstrou sua ignorância sobre o que foi o holocausto e nazismo quando atribui a Israel o comportamento nazista diante de seu interesse em recuperar os refens em Gaza vivos ou mortos. 

Sua posição que inverte os verdadeiros genocidas compromete por completo a medição do conflito.

Lula recebe todas as honras do grupo terrorista Hamas em suas redes sociais.
Nenhuma palavra sobre os reféns que estão em cativeiro há mais de 4 meses! 

O presidente brasileiro cometeu vários crimes com suas falas antissemitas. 

A guerra entre Israel e Hamas não acontece para defender os direitos dos palestinos de terem suas terras. O interesse das lideranças do terror é interromper a vida dos judeus e exterminar Israel.

É consenso em Israel sobre a definição do território palestino, mas sem riscos a sua população.

A morte de milhares de inocentes em Gaza, em sua maioria, é consequência do posicionamento das lideranças do Hamas.

População é escudo! Vivem sobre túneis onde se produz armas e tecnologias para exterminar o país vizinho.

O comportamento ambíguo dos defensores do presidente vem sendo notado desde o silêncio que os grupos de direitos humanos e feministas fizeram em relação as atrocidades do Hamas em território judeu.

Reféns que retornaram para Israel relataram toda violência sexual que sofreram: homens e mulheres!

Ficou clara também a participação de famílias inteiras na manutenção dos sequestrados em cativeiros nas residências dos palestinos.

Israel contribuiu muito com tecnologias que ajudam a desenvolver o Brasil e neste momento as relações diplomáticas estão sendo interrompidas.

Brasil silencia em relação aos crimes da Rússia contra seus adversários e o mesmo em relação à Venezuela.

Nosso país passa vergonha mundial diante dos países democráticos que trazem desenvolvimento e prosperidade

Nas parcerias e acordos bilaterais entre Brasil e Israel, o maior beneficiado é o Brasil, em especial na área de segurança.

Lembrando que o problema de segurança pública do nosso país é gravíssimo e poderemos ter restrições severas caso aconteça a ruptura das relações diplomáticas entre Brasil e Israel.

Por fim: “diga-me com quem andas e te direi quem tu és!” 

Não importa se Lula recebeu ou não o seu voto, importa agora é a sua opinião e seus valores em relação à paz, ética e justiça social.

Por Jornal da República em 19/02/2024
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