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Nas últimas semanas os acontecimentos que cercam a guerra no Oriente Médio nos conduz a algumas reflexões e constatações indesejáveis.
Sempre diferenciamos homens e animais através da inteligência e comportamento humano.
Animais lutam e matam para conquistar seus territórios, preservar seus descendentes e ignoram quaisquer interesses e/ou necessidades de seus rivais e oponentes.
Será que todas as teses de racionalidade e irracionalidade humana estão a cair por terra?
Que lições estamos tirando do conflito que envolve judeus e os terroristas do Hamas?
Dialogar e tolerar são ações que facilitam o conhecimento, valores e identidade de si e do outro e assim torna possível a coexistência.
Neste momento as possibilidades do multiculturalismo (pluralismo cultural), quando se busca respeito à diversidade cultural em todas as sociedades, estão distantes de serem praticadas. Estamos mais voltados para o fenômeno da Torre de Babel – quando as pessoas de uma cidade quiseram alcançar o céu através de uma torre, e o fenômeno da diferenciação da língua – com o surgimento de outros idiomas, o que fez fracassar a intenção de chegarem juntas aos céus.
Estamos caminhando para uma crise de total estranhamento entre o que é de direito, dos valores fundamentais, do que é ser humano e da guerra de narrativas que mais confundem do que orientam os caminhos para ser possível encontrar a paz.
As minorias, pouco a pouco, buscam ter voz e em muitos casos são oprimidas por grupos radicais, educados para odiar e controlar seus territórios com a complacência de poderosos que poderiam ter a nobreza de mediar conflitos e buscar a paz.
Nas nuances destas relações há interesses pessoais, materiais e de poder, que consideram vidas um nada! Que medem forças armadas com civis indefesos e colocam o mundo num caldeirão de intolerância e indiferenças, demonstrando o quanto é difícil tolerar, ceder e tomar decisões que minimizem a dor da guerra, na qual a maioria de inocentes perde seus bens mais precioso: a vida e a liberdade.
Há 3 semanas, 1500 terroristas invadiram um show de música, vilas e casas em território israelense para assassinar pessoas desarmadas, estuprar mulheres e sequestrar centenas de cidadãos incluindo crianças e idosos sem condições de defesa.
Criminosos que são educados para odiar judeus, Israel e que acreditam que seus atos bárbaros lhes conduzirão aos céus.
Somos todos responsáveis pelo que narramos e pelas multiplicações de informações falsas e verdadeiras, que se cruzam pelos bilhões de canais de comunicação do mundo contemporâneo.
Como regular a guerra de informações e reposicionar o diálogo e a tolerância?
O passado não tem como ser modificado! Ele é uma referência para e do hoje.
Não podemos deixar escapar a oportunidade de recomeçar nossas análises, de rever quem iniciou o conflito e de observar os níveis de tolerância e diálogos que os grupos violentos e seus cúmplices, que provocaram a guerra, oferecem para suas minorias, destacando-se mulheres e comunidade LGBTIA+ e só então compreender as difíceis escolhas que cabem ao povo israelense e de suas lideranças.
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