Culturas, diversidade e o Terrorismo

Por Silvia Blumberg

Culturas, diversidade e o Terrorismo

Entre o Rio de Janeiro e cidades israelenses há uma distância de mais de 10000 km. Mas, parece que Sderot e Gaza é aqui!

No momento o assunto no mundo inteiro é o atentado terrorista do Hamas contra israelenses num dia santo para os judeus, e os terrores praticados: desde a chacina de quase 250 jovens de inúmeras nacionalidades numa festa nas proximidades de Gaza, assassinatos e decapitação de 40 bebês, sequestro de aproximadamente 200 pessoas: desde bebês, mulheres e até idosos chegando a 1300 pessoas assassinadas, deste total uma quantidade considerável de civis.

Queimaram pessoas vivas e estupraram crianças e mulheres.

O mundo civilizado e desenvolvido que tem o pilar da coexistência como base de seu relacionamento considerou as ações como terrorismo, porém algumas lideranças e organizações mundiais não consideraram estas práticas monstruosas como terror.

Sou neta de judeus refugiados da Polônia e cresci somando os mortos da família durante o holocausto e ainda procurando pelo mundo os sobreviventes. Há poucos meses encontrei primos de minha mãe em Toronto, tal a dificuldade de reencontrar!  Em 2006 perdemos uma prima e seu marido em atentado terrorista em Israel, ela brasileira (Helena Halevy Z”L”) ele marroquino.

Nestes últimos dias as discussões estão mais acaloradas, após Israel declarar estado guerra para o Hamas como reação da invasão do grupo e os assassinatos e ainda para recuperar os cidadãos sequestrados pelos terroristas.

O maior desafio israelense é invadir Gaza para exterminar o Hamas, local densamente povoado com terroristas infiltrados em escolas, hospitais e em túneis subterrâneos, sem causar vítimas civis.

A População é colocada como escudo humano para o proteger os terroristas.

Israel tem o direito de se defender?

Refletindo sob o ângulo cultural achei interessante trazer para nossa reflexão os hinos de nossa independência, o hino de Israel e os estatutos do Hamas.

Trecho do hino de Israel: “A Esperança “

Enquanto dentro do coração

Uma alma judaica ainda pulsa

E para as extremidades do oriente

Um olhar a Sião se dirige

Ainda não se perdeu nossa esperança

A esperança de dois mil anos

De ser um povo livre em nossa terra

A terra de Sião e Jerusalém

De ser um povo livre em nossa terra

A terra de Sião e Jerusalém

No Hino da Independência do Brasil:

Brava gente brasileira!

Longe vá temor servil

Ou ficar a Pátria livre

Ou morrer pelo Brasil;

Ou ficar a Pátria livre,

Ou morrer pelo Brasil

Para o Brasil ou somos livres ou morremos.

Israel canta sobre a Esperança. Uma nação que vive para educação, inovação, tecnologia. Do deserto árido nasceram campos de flores, de alimentos e tecnologias que retiram o sal da água do mar, a água potável do ar dentre outras, de extrema importância para a sobrevivência humana.

A ocupação territorial dos judeus em Israel datam de 3000 anos atrás!

Os judeus tem o direito de ter seu país decretado pela ONU e reconhecido por inúmeros países. No entanto o grupo terrorista do Hamas deseja criar seu Império Islâmico e varrer Israel do mapa!

Estatuto do Hamas

O Hamas (Movimento de Resistência Islâmica), se define como um movimento palestino “distinto”, que adota o islã como modo de vida e se dedica a “levantar a bandeira de Alá sobre cada centímetro da Palestina”.

O grupo extremista defende a retomada total da Palestina –o que inclui Israel e Jerusalém– e a criação de um império islâmico. Além disso, a organização não está disposta a ceder nenhuma parte do território palestino nem aceitar as “soluções pacíficas” propostas por órgãos internacionais....

“Não há solução para o problema palestino a não ser pela jihad (guerra santa). Iniciativas de paz, propostas e conferências internacionais são perda de tempo e uma farsa”, diz um trecho do texto.

O grupo também acredita que a guerra pela libertação da Palestina é uma obrigação de todo muçulmano e que o território sagrado é um “legado hereditário” de seu povo.

O estatuto do Hamas foi escrito em agosto de 1988 e é baseado numa interpretação do alcorão –livro sagrado islâmico– no qual os muçulmanos creem possuir a palavra de Deus revelada ao profeta Maomé. A tradução do documento foi feita pela Organização Sionista do Brasil.

Em resumo a morte de judeus e o fim de Israel são prioridades do grupo terrorista e de seus cúmplices e apoiadores.

Fonte: Poder 360

Em síntese precisamos refletir que mundo desejamos para nós e para futuras gerações. 

Desejamos um mundo com regras, respeito a diversidade, culturas, com leis e tratativas diplomáticas internacionais ou um mundo sem lei com invasões bárbaras e com total concentração de recursos para armamentos e instrumentos de guerra?

A diferença cultural dos grupos é muita clara:  do lado de Israel a prioridade é a vida, desenvolvimento, colaboração com o mundo global, diversidade, respeito as decisões individuais do lado israelense e do lado do Hamas vale tudo do que é considerado crimes de guerra para implantarem suas crenças e seus valores.

Assim como a COVID, a pandemia cultural parece distante, mas ela pode chegar aqui em breve! As discussões e debates já contaminaram muitas pessoas e grupos.

No meio desta guerra cultural e territorial estão os civis! Como preservar suas vidas nesta luta que parece estar só começando e já ceifaram 4000 vidas até o dia 16/10/2023 quando conclui o artigo.

E acaba de acontecer um ataque terrorista em Bruxelas! Ataque terrorista já contatado pelas testemunhas.

Será que vamos validar o passaporte para o terror? Ou vamos acordar para o perigo eminente do mundo civilizado.

O presente e futuro do mundo está em nossas mãos!

Por Jornal da República em 17/10/2023

Comentários

  • Silvia texto bem significativo, sólido e que enfatiza como devemos ter um olhar crítico sobre o cenário atual. Muito bom.
    Katia Puente
    17/10/2023

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