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Apesar dos embates com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), membros da cúpula do Exército teriam apoiado, em conversas reservadas, o fato do presidente da Corte, ministro Luiz Fux, ter rompido o diálogo com Jair Bolsonaro em função dos seguidos ataques feitos por ele contra a Corte e seus ministros, especialmente Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso. De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, os generais do Alto-Comando avaliam que a crise deva continuar, mas descartam a possibilidade de apoio a um golpe que venha a ser tentado pelo chefe do Executivo.
Nesta quinta-feira (5), o presidente do STF anunciou o cancelamento de uma reunião com os chefes dos três poderes e afirmou que “quando se atinge um dos integrantes, se atinge a Corte por inteiro. Além disso, sua excelência [Bolsonaro] mantém a divulgação de interpretações equivocadas de decisões do plenário bem como insiste em colocar sob suspeição a higidez do processo eleitoral brasileiro".
O temor da cúpula militar é que aconteçam no Brasil episódios como os registrados nos Estados Unidos, após a derrota de Donald Trump para o democrata Joe Biden. Após a confirmação do resultado do pleito, no dia 6 de janeiro, o republicano atiçou a violência ao incitar seus apoiadores a invadirem o Capitólio. O episódio deixou cinco pessoas mortas.
Assim como Trump, Bolsonaro segue um roteiro semelhante ao atacar o Judiciário e ao afirmar, sem provas, que as últimas eleições foram fraudadas. Para os militares, o maior risco não está no conjunto das Forças Armadas, mas junto às polícias estaduais, uma das principais bases de apoio do bolsonarismo, caso ele perca as eleições de 2022. (Do Brasil247)
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