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DA REDAÇÃO - Ao ser internado ontem (14), no dia que teria um ajuste de ponteiros com os presidentes do STF, da Câmara e do Senado, o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), usou sua condição como instrumento político para sensibilizar sua base e, do quarto do hospital, disparou acusações infundadas contra o PSol e PT.
Um dia depois, Bolsonaro redirecionou sua metralhadora verborrágica para agredir os senadores Omar Aziz (PSD-AM), Renan Calheiros (MDB-AL) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que foram chamados de otários pelo presidente.
“No circo da CPI Renan, Omar e Saltitante estão mais para três otários que três patetas”, tuitou o presidente ou quem administra suas redes.
E no dia que em que Cristiano Carvalho, representante da Davati, destrinchou o esquema de corrupção no Ministério da Saúde com quase 10 oficiais e ex-oficiais das forças armadas, cabo da PM e até reverendo, o presidente segue sustentando que seu governo é incorruptível.
– O que frustra o G-7 é não encontrar um só indício de corrupção em meu Governo. No caso atual querem nos acusar de corrupção onde nada foi comprado, ou um só real foi pago.
A resposta do senador Omar Aziz, que preside a CPI da Covid, veio pelas redes sociais e deixou claro que sob a Era Bolsonaro liturgia e protocolo republicano são posturas que não existem mais.
“Não quero acreditar que o presidente Jair Bolsonaro, num leito de hospital, esteja gastando energia pra atacar os senadores da CPI. Deve ter sido um moleque – que não tem coragem de mostrar o que é de verdade – que fica assacando quem o contraria.”
E em outra postagem o senador concluiu.
“Se tivesse tido uma boa criação, talvez hoje tivesse a coragem esperada de um homem. Mas ainda vai crescer muito e levar uns cascudos da vida. Presidente, quero o senhor com saúde para enfrentá-lo no bom debate, com dignidade, sem apelação. É como fazem grandes homens.”
Se convalescido em um quarto de hospital o presidente da República intensifica os atritos com os outros poderes, tudo indica que não ia ser uma reunião “para inglês ver” com os chefes dos outros poderes que ia se domesticar.
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