Dallagnol diz que STF é casa da mãe Joana

Justiça manda Deltan Dallagnol tirar do ar vídeo em que chama STF de ‘casa da mãe Joana, uma mãe para os corruptos'

Decisão é desta quarta-feira (21). Magistrada entendeu discurso como ‘ataque à instituição suprema’ do Judiciário. Assessoria de Deltan disse que, apesar de 'críticas duras', vídeo não tem ataques à democracia.

Uma decisão da Justiça Eleitoral do Paraná determinou que o ex-procurador Deltan Dallagnol, candidato a deputado federal, tire do ar um vídeo publicado nas redes sociais dele em que se refere ao Supremo Tribunal Federal (STF) como ‘casa da mãe Joana’.

A decisão é desta quarta-feira (21). A juíza auxiliar Melissa de Azevedo Olivas disse que afirmação foi “claramente um ataque à instituição suprema do Poder Judiciário brasileiro”.

A assessoria do candidato disse que o vídeo em questão "não contém ataques ao Supremo ou à democracia".

A representação que denunciou as publicações foi movida pelo Ministério Público Eleitoral (MPE), sob a alegação de suposta propaganda eleitoral irregular.

Capa do vídeo publicado nas redes de Deltan também chamava STF de 'casa da mãe Joana' — Foto: Divulgação

Capa do vídeo publicado nas redes de Deltan também chamava STF de 'casa da mãe Joana' — Foto: Divulgação

Em um vídeo publicado no YouTube, segundo a Justiça Eleitoral, Deltan disse que o STF “é uma casa essencial pra democracia, mas infelizmente se tornou a casa da mãe Joana”.

Na tarde desta quarta, o vídeo e as publicações não estavam mais disponíveis.

“Pessoal, essa casa até pouco tempo era conhecida como a Suprema Corte do país, e é uma casa essencial pra democracia. Mas, infelizmente, ela se tornou a casa da mãe Joana, uma mãe para os corruptos do nosso país”, disse o candidato na publicação que não está mais nas redes sociais dele.

Na decisão, a juíza disse que a legislação vigente veda propagandas eleitorais que atinjam órgãos ou entidades que exerçam autoridade pública.

Afirmou, também, que “a divulgação das postagens em redes sociais de alta capilaridade implica no alcance de um público numeroso, o que é prejudicial à democracia do país e não se admite”.

 

 

Por Jornal da República em 24/09/2022
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