Dedo-duro: Novos radares podem fiscalizar a velocidade antes e depois de onde está instalado o equipamento. Entenda!

Radares de velocidade em funcionamento em Curitiba.

Dedo-duro: Novos radares podem fiscalizar a velocidade antes e depois de onde está instalado o equipamento. Entenda!

Uma nova tecnologia de radares já está em implementação nas grandes cidades e permite fiscalizar a velocidade do veículo antes e depois de onde está instalado o equipamento.

Sabe aqueles motoristas que têm o costume de frear em cima dos radares e voltar a acelerar depois que passam do equipamento. Isso porque uma nova tecnologia de radares já está em implementação nas grandes cidades e permite fiscalizar a velocidade antes e depois de onde está instalado o equipamento.

Conforme Celso Mariano, especialista e diretor do Portal do Trânsito & Mobilidade, os radares modernos estão utilizando uma tecnologia baseada da detecção do efeito Doppler para aferir a velocidade dos veículos. “Talvez muitas pessoas nunca tenham ouvido falar em efeito Doppler. Quando um veículo se aproxima ou se afasta de um observador, há uma variação na frequência das ondas sonoras. É fácil perceber, por exemplo, que o som de uma moto se aproximando é diferente do som que percebemos quando ela está se afastando. O efeito Doppler permite determinar com precisão a velocidade a velocidade do veículo ao se aproximar e ao se afastar”.

“Anteriormente a velocidade era medida apenas durante a passagem pelo enlace cravado no piso. Agora não, o radar consegue detectar a velocidade do veículo até 50 metros depois da passagem pelo aparelho, às vezes mais. Se durante a aceleração o veículo passar da velocidade permitida, poderá haver a autuação. É a fiscalização ganhando mais eficiência. O melhor mesmo, portanto, é respeitar o limite máximo de velocidade”, orienta.

Além disso, os novos radares estão muito mais completos. Além de medir a velocidade, eles conseguem detectar conversões irregulares, mudanças de faixa não permitidas, parada sobre a faixa de pedestres e passar sob sinal vermelho. E também, em alguns casos, até condutor manuseando o celular.

Muitos condutores não sabem ou não se deram conta de que não se deve cruzar as faixas contínuas pintadas sobre o pavimento, mesmo quando separam faixas de mesmo sentido. É comum encontrá-las um pouco antes dos semáforos, por exemplo. Nesse caso, elas estão indicando a proibição de mudar de faixa. Existem também as faixas de forma circular, que servem para delimitar e organizar as conversões. Assim sendo, fazem com que o condutor faça a conversão dentro de uma determinada faixa, não devendo cruzar a linha se esta for contínua.

Cruzar estas linhas contínuas configura infração. E, portanto, sujeita o condutor à autuação e multa, se for detectada pelos novos radares ou por agentes de trânsito.

Exemplo de Curitiba

A cidade de Curitiba, por exemplo, é uma das capitais que utiliza essa tecnologia em relação à fiscalização de velocidade. No entanto, não é a única, como explica Herick Dal Gobbo, coordenador da Unidade de Monitoramento por Dispositivos Eletrônico da Secretaria Municipal de Defesa Social e Trânsito do município.

“A cidade de São Paulo já tem essa tecnologia há alguns anos. Além disso, hoje tem se verificado nos editais por todo Brasil que adotar o Doppler é uma tendência pelos municípios”, explica o coordenador.

Na cidade de Curitiba, apesar de ser possível medir a velocidade antes e depois dos radares, a fiscalização é feita em apenas um ponto, como acontecia na tecnologia anterior.

“A tecnologia basicamente é atrelada ao sensor que detecta antes e depois dentro dessa área de abrangência. No entanto, a fiscalização ocorre em apenas um desses pontos como era feito antigamente pelo laço físico. Então em que pese fiscalizar uma área de abrangência maior, a fiscalização ocorre em apenas um desses pontos”, conclui Dal Gobbo.

Por: Arinos Monge.

Por Coluna Arinos Monge em 11/05/2023
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