Delegado aposentado da PF critica eficácia das polícias estaduais no combate ao crime organizado

Jorge Pontes, ex-integrante do Ministério da Justiça, defende reforma nas corporações para o sucesso de projetos de segurança pública

Delegado aposentado da PF critica eficácia das polícias estaduais no combate ao crime organizado

Em uma declaração contundente que ecoa pelos corredores do poder e nas ruas das cidades brasileiras, o delegado aposentado da Polícia Federal, Jorge Pontes, lançou luz sobre uma questão crítica da segurança pública nacional. Em entrevista exclusiva, Pontes, que integrou a equipe do Ministério da Justiça durante a gestão de Sergio Moro, afirmou categoricamente que "não há combate ao crime que dê certo com essas polícias estaduais", referindo-se às corporações Civil e Militar.

A análise de Pontes vai além da mera crítica, tocando no cerne de um problema sistêmico que há muito tempo desafia autoridades e especialistas em segurança pública. Segundo o ex-delegado, para que iniciativas como a PEC da Segurança possam alcançar seus objetivos, é imperativo que haja, primeiramente, um enfrentamento rigoroso do crime dentro das próprias instituições policiais. Esta abordagem, de acordo com Pontes, deve ser ancorada em uma política robusta e eficaz de resolução de assuntos internos.

O posicionamento do experiente delegado lança uma luz crucial sobre os desafios enfrentados no combate ao crime organizado no Brasil. Pontes argumenta que a infiltração de elementos criminosos nas forças policiais estaduais compromete severamente a eficácia de qualquer estratégia de segurança pública, por mais bem elaborada que seja. Esta realidade, segundo ele, mina a confiança da população nas instituições e cria um ciclo vicioso de impunidade e corrupção.

A proposta de Pontes para uma reforma profunda nas corporações policiais estaduais não é apenas uma crítica vazia, mas um chamado à ação. Ele enfatiza a necessidade de implementar mecanismos mais rigorosos de controle interno, promover uma cultura de transparência e responsabilização, e investir em treinamento e recursos que permitam às forças policiais combater o crime de maneira eficaz e ética. Tais medidas, argumenta o delegado, são fundamentais para restaurar a credibilidade das instituições e estabelecer uma base sólida para o sucesso de projetos mais amplos de segurança pública.

As declarações de Jorge Pontes reacendem o debate sobre a necessidade urgente de reformas estruturais no sistema de segurança pública brasileiro. Enquanto políticos, especialistas e a sociedade civil continuam a discutir os méritos de propostas como a PEC da Segurança, o alerta do ex-delegado da Polícia Federal serve como um lembrete sóbrio de que, sem abordar as fragilidades internas das forças policiais, qualquer iniciativa de combate ao crime organizado pode estar fadada ao fracasso antes mesmo de começar.

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Por Jornal da República em 13/03/2025
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