Democracia em xeque: Glauber Braga enfrenta processo de cassação e denuncia perseguição

Em uma entrevista concedida ao Jornal da República, o deputado Glauber Braga manifestou sua preocupação com as recentes votações no Congresso Nacional, abordando temas cruciais como a reforma tributária, contenção de gastos e emendas parlamentares. Para ele, medidas apresentadas sob o rótulo de austeridade fortalecem a extrema direita e prejudicam direitos fundamentais da população.

“Não podemos permitir mudanças que piorem o Benefício de Prestação Continuada (BPC), o salário mínimo ou o abono salarial. A nossa posição é claramente contra qualquer tipo de ajuste que prejudique os trabalhadores e os mais vulneráveis”, destacou o parlamentar.

Mandado de Segurança contra Lira

Um dos pontos mais polêmicos levantados por Glauber foi a denúncia de irregularidades envolvendo mais de R$ 4 bilhões em emendas parlamentares. Segundo ele, um documento ilegal, articulado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira, desrespeitou normas estabelecidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e pela própria legislação complementar que garante transparência na execução de recursos.

“Entramos com um mandado de segurança para que o STF avalie e julgue essa situação absurda. Nunca antes na história tivemos um presidente de Câmara que administrasse bilhões de reais com tamanha falta de transparência”, afirmou Braga.

Perseguição Política e Conselho de Ética

Glauber Braga também enfrenta um processo no Conselho de Ética da Câmara. Ele alega que a admissibilidade do caso é fruto de perseguição política, articulada por Lira em retaliação às denúncias feitas pelo seu mandato.

“Dos 34 processos no Conselho de Ética, apenas dois tiveram admissibilidade aprovada: o meu e o do deputado Brasão. Isso não é coincidência, é uma forma de retaliação contra quem denuncia”, pontuou Glauber, que também relatou provocações feitas por um membro do Movimento Brasil Livre (MBL) como justificativa para o processo.

Apoio da Bancada de Esquerda

O parlamentar destacou a solidariedade recebida de diversos colegas da esquerda, bem como da base militante de diferentes partidos. Ele reconheceu o apoio público de outros mandatos, mas enfatizou que a pressão da base popular tem sido fundamental para sustentar sua luta.

Desafios para 2025

Ao fazer um balanço de 2024 e suas expectativas para o próximo ano, Glauber Braga previu um período desafiador, mas reafirmou seu compromisso com a luta pelos direitos da classe trabalhadora e a transparência no Parlamento.

“O ano de 2025 será difícil, mas estamos dispostos a lutar. Nosso mandato segue conectado com a base popular, exercendo o papel de tribuna do povo dentro e fora do Parlamento”, concluiu o deputado.

Decisão do Conselho de Ética

Até o dia 20 de dezembro, o relator do caso de Glauber Braga no Conselho de Ética deve apresentar seu parecer. Dependendo da decisão, o caso poderá ser deliberado em plenário em fevereiro de 2025. O parlamentar expressou esperança de que o processo seja arquivado, reiterando que sua luta não é apenas pessoal, mas também uma defesa contra o enfraquecimento dos direitos democráticos no Brasil.

Por Jéssica Porto e Robson Talber/ Repórter Ralph Lichotti

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Por Jornal da República em 19/12/2024

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