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Autor da lei n° 9653, que tornou a Passarela Darcy Ribeiro, popularmente conhecida como Sambódromo, Patrimônio Material e Cultural do Estado do Rio de Janeiro, o deputado Dionísio Lins (Progressista) tem ouvido muita reclamação de representantes de entidades carnavalescas e da população que acompanha e frequenta durante muitos anos os desfiles das escolas de samba, demonstrando total descontentamento com a falta de sensibilidade da direção da Liesa que praticamente acabou com a venda das cadeiras e frisas.
Para o parlamentar, a expansão dos camarotes para o espaço que antes era ocupado pelas frisas e cadeiras elitizaram o Carnaval, já que esses camarotes acabam sendo administrados por grandes empresas que cobram valores de até R$ 5 mil pelo ingresso; preço esse que anteriormente era cobrado por uma frisa para seis pessoas.
- Nada contra a modernização e dinamização do Carnaval para gerar empregos e arrecadação para os cofres públicos, mas transformar os camarotes em verdadeiras casas de shows com artistas se apresentando todas as noites, acaba tirando o foco da verdadeira festa que é o desfile das escolas de samba, inclusive fazendo com que os convidados não prestem atenção na avenida e fiquem de costas para o desfile - explicou.
Dionísio disse ainda que o assunto é complexo, já que a procura para a compra de cadeiras e frisas é grande e a oferta é pouca. Informações recebidas dão conta de que hoje a oferta é de apenas 10% dos cerca de 10 mil lugares que eram oferecidos anteriormente.
- Mesmo tombado, a expansão dos camarotes está descaracterizando o Sambódromo, uma obra de Oscar Niemeyer e deixando cada vez mais o povão de fora da Festa de Momo, considerada a segunda maior festa do mundo depois do Réveillon de Copacabana em uma festa só para a elite, deixando de fora àqueles que realmente trabalham o ano inteiro para que ela aconteça. Uma verdadeira covardia! - disse.
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